Com Russell Crowe, ‘O Exorcismo’ é mais desanimador do que assustador
Estrela de ‘Gladiador’ faz papel de ator perdido na carreira no filme com sustos inoportunos e pontas soltas
Russell Crowe está em uma sequência esquisita de projetos. Depois do terror O Exorcista do Papa (2023) e o thriller A Teia (2024), estrela o novo filme em cartaz O Exorcismo. No longa de Joshua John Miller, o neozelandês interpreta Anthony Miller, um ator em fim de carreira, que entrou em decadência após se viciar em drogas.
Na busca pela sobriedade, recebe ajuda da filha Lee (Ryan Simpkins) e consegue o papel de um padre em uma obra de terror. Enquanto todos à volta temem uma recaída, a verdadeira preocupação vira a aproximação de Tony ao enredo, que começa a ter sérias consequências.
Muitas pontas da narrativa ficam superficiais. Os sustos ocorrem em momentos inoportunos e a fotografia é desleixada, o que quebra a tensão. As performances e os efeitos especiais são bons, mas não compensam o restante.
É uma pena ver um ator perdido na carreira depois de seus anos de ouro.
NOTA: ★★☆☆☆
Publicado em VEJA São Paulo de 2 de agosto de 2024, edição nº 2904