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Filmes e Séries - Por Mattheus Goto

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Nova tragicomédia ‘Os Enforcados’: uma loucura sem fim

Produção de Fernando Coimbra traz o crime para o ambiente familiar, com uma sátira a elite carioca

Por Mattheus Goto
Atualizado em 14 ago 2025, 16h22 - Publicado em 14 ago 2025, 15h24
Casal Regina e Valério em espiral de violência: critica à elite carioca (Helena Barreto/Divulgação)
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Uma loucura sem fim espera o público em Os Enforcados. A tragicomédia com pitadas de suspense de Fernando Coimbra choca o espectador constantemente, a cada cena.

É quase certo que qualquer expectativa criada sobre o filme será surpreendida, mas o mais próximo que consigo pensar de algo comparável é — respirem fundo — Emilia Perez (2024), de Jacques Audiard. Quando digo isso, não me refiro à campanha catastrófica na corrida pelo Oscar, mas, sim, à combinação de gêneros, às reviravoltas e à atmosfera do crime em um ambiente familiar. A diferença é que, enquanto Emilia abandona a vida da ilegalidade, Regina (Leandra Leal) ascende a ela.

Os Enforcados
(Helena Barreto/Divulgação)

A esposa de Valério (Irandhir Santos) entra em crise com o marido quando a grana aperta e a reforma na casa da Barra da Tijuca não fica pronta. Com a morte do pai dele, que era o maior mafioso da cidade, eles buscam uma alternativa para conseguir um respaldo financeiro.

O casal tem a ideia de vender a parte no negócio de caça-níqueis para o outro sócio, o tio de Valério, chamado Linduarte (Stepan Nercessian), mas na verdade ele estava pensando em fazer a mesma coisa. Decidem então partir para a única saída aparente: matar o tio e vender o negócio. Como é de se esperar, o tiro sai pela culatra e os dois caem numa espiral de violência difícil de escapar.

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O diretor e roteirista provoca a cada passo que dá e transforma o enredo em um espetáculo da decadência. Cada personagem serve como símbolo da destruição de uma elite carioca autoindulgente e egoísta, em uma sátira mordaz.

Os Enforcados
(Helena Barreto/Divulgação)

Em determinado momento, com tantas mortes chocantes, o longa perde um pouco a coerência e o contato com a realidade, caminhando numa linha tênue entre ironia do absurdo e exageros desproporcionais.

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De um modo geral, por ser tão diferente e surpreendente, vale a pena conferir.

NOTA: ★★★☆☆

Publicado em VEJA São Paulo de 15 de agosto de 2025, edição nº 2957

 

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