‘Não Chore, Borboleta’ explora surrealismo nos delírios do patriarcado
Diretora vietnamita Du’o’ng Diêu Linh conta história de mulher que descobre traição por meio de programa de TV
Há um surrealismo fascinante e legítimo no filme Não Chore, Borboleta, da diretora vietnamita Du’o’ng Diêu Linh. Aqui, o patriarcado, absurdo por natureza, provoca um delírio silencioso nas mulheres.
A protagonista Tam (Lê Tú Oanh), funcionária de um salão de casamento, começa a se dar conta disso quando descobre a traição do marido pela televisão.
Sua filha, Ha (Nguyên Nam Linh), também lida com frustrações e sonha com estudos no exterior.
As duas tentam mudar de vida enquanto são observadas por um espírito em uma rachadura no teto da casa, visível apenas para as mulheres.
NOTA: ★★★☆☆
Filme assistido na 48ª Mostra SP. Confira a programação no site 48.mostra.org.
Publicado em VEJA São Paulo de 25 de outubro de 2024, edição nº 2916