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Filmes e Séries - Por Mattheus Goto

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‘Manas’ aborda temas delicados com maestria e elenco impecável

Primeira obra de ficção de Marianna Brennand já desponta como um dos melhores filmes do ano

Por Mattheus Goto
16 Maio 2025, 08h00 •
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Jornada de amadurecimento: mudança de idealizações de Marcielle diante da percepção da crueza local (Divulgação/Divulgação)
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  • Manas só chega nesta semana aos cinemas, mas já tem uma trajetória linda e de dar orgulho ao nosso cinema. O filme de Marianna Brennand ganhou o Giornate degli Autori em Veneza no ano passado e fez da cineasta a primeira brasileira a conseguir o prêmio. No último mês, a diretora foi anunciada como vencedora do Emerging Talent Award de Cannes deste ano.

    É a primeira ficção de Marianna, que ficou conhecida pelas produções documentais. O longa narra a história de Marcielle (Jamilli Correa), uma jovem de 13 anos, moradora de uma comunidade ribeirinha na Ilha de Marajó. Uma realidade brutal e desumana esconde-se por entre palafitas, isoladas pelas margens distantes do Rio Tajapuru.

    Em uma sociedade misógina e repleta de violências, homens como o pai, Marcílio (Rômulo Braga), impõem machismo e dominação às mulheres. Enquanto sofre pela mudança da irmã mais velha para viver com o companheiro em outra cidade, a jovem decide confrontar o sistema, tendo em mente o mundo que ficará para a irmã mais nova. Para isso, conta com a ajuda da policial Aretha (Dira Paes).

    Descobrimos, junto da protagonista, a gravidade dos horrores ocultos na região. É muito interessante acompanhar o amadurecimento da personagem, captado com perfeição pela atriz infantil, que tem tudo para se tornar uma estrela. O elenco inteiro está impecável. A diretora optou por não reproduzir cenas de exploração sexual de crianças.

    Ao viajar ao local, Marianna entrou em contato com histórias pesadas e densas, que seriam dificilmente contadas em um documentário. Seguiu pela ficção, mas o cuidado da veia documental é perceptível e gerou um dos frutos mais positivos possíveis no cinema: a sensação de não estar assistindo a um filme. É uma imersão total e um exercício pleno de empatia. Uma vez que se trata de um tema de extrema delicadeza e importância, a cineasta soube conduzir com maestria, tornando este projeto extraordinário e merecedor de todos prêmios, prestígios e públicos. Já é um dos melhores filmes do ano.

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    NOTA: ★★★★★

    Publicado em VEJA São Paulo de 16 de maio de 2025, edição nº 2944

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