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Filmes e Séries - Por Mattheus Goto

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‘Malês’ é um manifesto de resgate da memória e construção do futuro

O filme de Antonio Pitanga levou dez anos para ficar pronto

Por Mattheus Goto
Atualizado em 9 out 2025, 17h08 - Publicado em 9 out 2025, 16h46
Mobilização histórica: os malês contra escravidão (Vantoen Pereira Jr/Divulgação)
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A maior insurreição organizada por pessoas negras escravizadas no Brasil é recontada em Malês. O filme de Antonio Pitanga parte dos fatos históricos ocorridos na Revolta dos Malês, em Salvador, em 1835, para fazer um manifesto de resgate da memória e construção do futuro. O diretor também estrela o longa, em um papel central, de Pacífico Licutam. Ele foi um dos líderes da revolução, mobilizando alianças de diferentes religiões pelo fim da escravidão.

Filme Malês
(Vantoen Pereira Jr/Divulgação)

“Malês” era o termo utilizado para caracterizar um devoto do islamismo que veio da África. Naquele ano, pessoas do grupo se reúnem para construir uma casa de reza, onde poderiam praticar a religião em liberdade, e passam a estudar e arrecadar dinheiro para comprar a alforria dos colegas.

Quando Licutam é preso, os malês entram em ação para não só libertá-lo como também pôr fim à escravidão. Esse movimento é encabeçado por Ahuna (Rodrigo de Odé), Manoel Calafate (Bukassa Kabengele), Vitório Sule (Heraldo de Deus), Luís Sanim (Thiago Justino) e Dassalu (Rocco Pitanga). Outra filha do diretor, Camila Pitanga está presente na produção na pele da esposa de Vitório, Sabina.

MALÊS
(Vantoen Pereira Jr/Divulgação)
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O elenco está fenomenal e no tom certo para transmitir a intensidade da trama. Muito provavelmente por causa do tempo disposto pela equipe — a produção levou dez anos para ficar pronta —, cada entonação é bem pensada e nada soa apressado. O roteiro de Manuela Dias flui com naturalidade, mesmo quando não alcança o alto nível de performance dos atores e da história.

Filme Malês
(Vantoen Pereira Jr/Divulgação)

Logo de cara, a obra merece exaltação por recuperar um episódio frequentemente relegado ao esquecimento, mas ganha pontos extras pelo belo retrato de diferentes crenças e etnias, com mais igualdade e menos estereótipos. A estrutura alterna entre momentos íntimos e cenas de mobilização de modo equilibrado e a fotografia quente traduz o calor da Bahia e o fervor da revolta.

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NOTA: ★★★

 

 

Publicado em VEJA São Paulo de 10 de outubro de 2025, edição nº2965.

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