‘Lilo & Stitch’ fica ainda mais adorável em versão live-action de sucesso
Dupla queridinha de amigos improváveis da Disney ganha nova versão divertida e emocionante

Mais um clássico da Disney ganha versão live-action. Com direção de Dean Fleischer Camp, Lilo & Stitch traz a dupla queridinha de amigos carismáticos e improváveis. A menina havaiana é vivida por Maia Kealoha e o ser alienígena é dublado em inglês por Chris Sanders, da animação original.
Lilo sofre para se encaixar na escola e sente o luto da morte dos pais, enquanto a irmã mais velha Nani (Sydney Agudong) tenta equilibrar os pratinhos, mostrar (para a assistente social, para Lilo e para si mesma) que pode se sustentar e manter a guarda da pequena.
Quando uma “estrela cadente” surge no céu, a criança deseja por um melhor amigo fiel e incondicional. O brilho no céu é, na verdade, a nave espacial de um extraterrestre piradão, o Experimento 626. Ele é caçado por agentes de outra galáxia e, ao encontrar a garota, vê a oportunidade de se esconder e proteger. Lilo fica fascinada e apelida-o de Stitch.

Porém, a criatura mirabolante causa destruição por onde passa e a amizade traz mais problemas para as condições financeiras das irmãs. Eles precisam encontrar um plano para conseguir manter a “ohana” (“família”) unida e a salvo. O alien ranzinza, inicialmente visto como malvado, mostra que tem um grande coração.
Os visuais de computação gráfica de Stitch são adoráveis e apurados, com fios fininhos e detalhados para a pelagem. Dá vontade de abraçar e ter um desses em casa — se não fosse pela bagunça.
As aventuras dos dois são divertidíssimas e as performances são afiadas e têm grande sintonia. O final melodramático mantém-se fiel à Disney dos velhos tempos, com a inserção de pitadas contemporâneas.
O filme tem pequenas diferenças em comparação ao original, de 2002. Uma delas repercutiu negativamente nas redes sociais: na animação, o agente espacial Pleakley (Billy Magnussen) usa roupas de mulher para se disfarçar, mas aqui recorre a uma tecnologia para ganhar a forma de um homem. No filme, não atrapalha a eficácia da produção em envolver.
NOTA: ★★★☆☆
Publicado em VEJA São Paulo de 23 de maio de 2025, edição nº 2945