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Filmes e Séries - Por Mattheus Goto

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Disputa por indicação do Brasil ao Oscar gera grande polêmica

‘O Agente Secreto’ e ‘Manas’ são grandes concorrentes em polêmica que sobrou até para Fernanda Torres; resultado será revelado na segunda (14)

Por Mattheus Goto
Atualizado em 15 set 2025, 11h46 - Publicado em 14 set 2025, 18h05
'O Agente Secreto' e 'Manas'
'O Agente Secreto' e 'Manas' (Divulgação/Divulgação)
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Na semana passada, a Academia Brasileira de Cinema anunciou a lista dos seis longas pré-selecionados para concorrer uma vaga no Oscar de Melhor Filme Internacional. Desde então, a discussão ficou calorosa nas redes sociais sobre a melhor aposta para tentar mais uma estatueta para o país.

Os seis títulos representam a ótima safra do cinema brasileiro, mas dois filmes se destacaram na disputa: Manas, de Marianna Brennand; e O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho.

Os outros concorrentes, igualmente preciosos, são: Baby, de Marcelo Caetano; Kasa Branca, de Luciano Vidigal; O Último Azul, de Gabriel Mascaro; e Oeste Outra Vez, de Erico Rassi.

Para muitos, o filme de Mendonça Filho já era a escolha clara e inegável, tendo em vista sua trajetória, que começou com os prêmios de melhor direção e ator (Wagner Moura) em Cannes. E mais, tanto o diretor quanto o protagonista tem fama e prestígio internacional, que são fundamentais em uma campanha ao Oscar.

No entanto, Manas saiu em uma disparada, devido à forte campanha da diretora. Para começar, fechou uma parceria com o americano Sean Penn para realizar a produção nos Estados Unidos. Depois, ganhou apoio de um grupo de cerca de 70 empresas, incluindo Magazine Luiza, que divulgou uma carta aberta em apoio ao longa. E ainda, está trabalhando com a ID, que realizou campanhas de mídia de Parasita e Ainda Estou Aqui.

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Muitos internautas contestaram as ações e a possibilidade da indicação a Manas, argumentando que o potencial de O Agente Secreto é maior e o timing, melhor.

A polêmica foi tão grande que respingou até em Fernanda Torres. Na sexta-feira (12), a atriz compartilhou uma publicação no Instagram dizendo: “Muito feliz de saber que o Sean Penn embarcou como produtor do Manas, no lançamento americano do filme. O Penn foi o primeiro a abraçar o Ainda Estou Aqui, quando desembarcamos em Los Angeles. O Manas merece demais”.

No X (antigo Twitter), a atitude foi criticada e a má repercussão levou a artista a se pronunciar. “Eu fiz um post sobre a minha alegria de saber que Sean Penn tinha abraçado o Manas nos Estados Unidos. Depois, eu soube que virou um negócio enorme no X. Amigos me escrevendo, e aí eu entendi que isso tinha virado uma espécie de posicionamento meu, de que eu quero o Manas como nosso representante no Oscar”, explicou

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“Eu, pessoalmente, acho que o Kleber Mendonça e o Wagner Moura estão na plenitude da produção deles, de artistas. O Kleber é um cara que eu respeito demais. Ele colocou o Recife no mapa do cinema mundial. Ele é um cara incrível, muito inteligente. Ele fez um filme que levou dois prêmios importantíssimos em Cannes. Ele tem a Neon distribuindo O Agente Secreto nos EUA. Ele está em todas as apostas”, acrescentou.

“Eu não tenho nem dúvida que se O Agente Secreto for escolhido, ele vai puxar todos os outros filmes. Acho que é um reconhecimento desses dois artistas imensos que a gente tem, que é o Kleber e o Wagner. Essa é a minha opinião. O post sobre o Manas não era uma campanha para escolher ninguém para o Oscar. Acho que a escolha de um filme não quer dizer que o outro foi rejeitado. Desculpe qualquer mal-entendido. Eu sou a favor de todos, mas eu acho que O Agente Secreto vai ser o escolhido”, finalizou.

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A obra definitiva, escolhida para representar o país, será divulgada em 15 de setembro pela comissão de seleção.

Opinião da coluna

Não há dúvidas de que Manas é um baita filme, talvez o melhor do ano até agora. Todos deveriam assisti-lo. Mas uma possibilidade de nomeação ao Oscar não se trata apenas de qualidade e gosto pessoal. Como Walter Salles (vencedor do Oscar, diga-se de passagem) bem disse: é um concurso de popularidade.

Por isso, mesmo sem ter assistido ao filme de Mendonça Filho, digo sem hesitar de que ele deveria ser a escolha da Academia Brasileira de Cinema. Por muitos motivos: prêmios em Cannes, fama e popularidade de um ator principal (Wagner também está na série do Apple TV+ Ladrões de Drogas), timing (o grande prêmio do Manas foi em Veneza no ano passado) e distribuição da Neon (que também fez Anora neste ano).

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Em termos de marketing e produto do Brasil lá fora, O Agente Secreto funciona melhor.

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