‘Hot Milk’ é trama de símbolos e pistas sobre mãe, filha e romance lésbico
História enigmática inspira primeiro longa de Rebecca Lenkiewicz (roteirista de 'Desobediência'), que estreou na seleção oficial de Berlim
Sob o sol escaldante do verão espanhol, em uma paisagem pictórica e inóspita ao mesmo tempo, desenrola-se um coming-of-age tardio cheio de incômodos.
Lançado em Berlim neste ano, Hot Milk apresenta uma história que não atende à expectativa convencional de romance e relação entre mãe e filha.
Inspirado em livro homônimo de Deborah Levy, o filme de Rebecca Lenkiewicz, que estreia na direção de um longa, narra a mudança de Rose (Fiona Shaw) e a filha, Sofia (Emma Mackey), para a cidade de Almeria a fim de receber tratamento médico com o curandeiro Gómez (Vincent Perez) para o mal estar inexplicável da mãe. Lá, encontram mais perguntas do que respostas.
Em uma bela tarde na praia, a jovem conhece Ingrid (Vicky Krieps), uma figura quase mitológica, que surge sedutora em um cavalo branco. As duas começam a ter um quase-romance, que sempre pisa em falso, enquanto Sofia tenta encontrar a si mesma para além do controle materno.
Os símbolos e cenários deixam pistas do subtexto que se esconde entre cenas. São escolhas inteligentes e fundamentais da diretora e roteirista. As performances contemplam as nuances das personagens, cada uma com suas imperfeições.
NOTA: ★★★☆☆
Publicado em VEJA São Paulo de 4 de julho de 2025, edição nº 2951
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