‘Cidade dos Sonhos’, ‘Twin Peaks’ e mais: Relembre trajetória de David Lynch
Cineasta criou um estilo próprio, que combina mistério, humor e surrealismo, e também produziu pinturas e músicas

O brilhante diretor David Lynch morreu aos 78 anos. A informação foi anunciada pela família nesta quinta-feira (16).
O cineasta ficou conhecido pelo irreverente estilo “Lynchiano”, marcado pela atmosfera onírica e fantástica. Ao longo da carreira, recebeu inúmeros prêmios, como o Leão de Ouro por Prêmio de Honra, em 2006, e um Oscar Honorário, em 2019. Foi indicado quatro vezes à premiação da Academia.
Nascido em Missoula, uma pequena cidade no estado de Montana, nos Estados Unidos, começou a vida estudando pintura, uma de suas grandes paixões. Passou os primeiros anos da carreira como pintor e diretor de curtas.
Produziu seu primeiro filme, Eraserhead, em 1977, um terror surrealista produzido de forma independente. O longa virou um sucesso nas sessões da meia-noite na televisão. Depois, foi contratado pela produtora de Mell Brooks.
Suas indicações ao Oscar foram pelo drama biográfico O Homem Elefante (1980), em direção e roteiro, e pelos filmes de mistério Veludo Azul (1986) e Cidade dos Sonhos (2001), apenas em direção. Lynch ganhou a Palma de Ouro em Cannes pelo romance policial Coração Selvagem (1990).
Outra obra de sucesso foi a série Twin Peaks (1990), que conquistou aclamação do público e indicações ao Emmy. Seu último longa-metragem foi Império dos Sonhos (2006).
O artista também se dedicou à música e à literatura. Lançou seu primeiro álbum de estúdio, BlueBob, em 2001, seguido por outros dois, Crazy Clown Time (2011) e The Big Dream (2013). Escreveu três livros.
Um gênio, eternizado na história do cinema.