‘Como Vender a Lua’ brinca com teoria da conspiração sobre Apollo 11
Filme estrelado por Scarlett Johansson e Channing Tatum tem boa química, mas demora para engrenar
Como Vender a Lua brinca com uma das maiores teorias da conspiração na história da humanidade. A chegada do homem ao satélite natural, em julho de 1969, gerou um movimento de ceticismo pelo mundo. Mais de cinco décadas depois, a discussão é reaberta pela comédia romântica do diretor Greg Berlanti (Com Amor, Simon) nas telonas.
No filme, a Nasa contrata a especialista em marketing Kelly Jones (Scarlett Johansson) para melhorar a imagem da agência espacial norte-americana após uma série de catástrofes públicas em meio à Guerra Fria. Lá, ela é apresentada a Cole Davis (Channing Tatum), diretor das operações de lançamento, com quem cria uma relação ambígua, oscilando entre profissional e afetiva.
Quando a corrida para chegar à Lua fica acirrada, a Casa Branca se vê pressionada a não deixar a missão falhar e decide simular um pouso falso, com atores e cenário, como plano B, caso o verdadeiro não fosse concretizado.
É uma história bem americana, com um desfecho ainda mais. A química entre Scarlett e Tatum funciona bem, mas não surge como algo inédito ou marcante na filmografia dos dois.
O roteiro sofre para conquistar uma risada. se a primeira metade do filme demora a engrenar, a segunda consegue prender a atenção do espectador.
NOTA: ★★★☆☆
Publicado em VEJA São Paulo de 12 de julho de 2024, edição nº 2901