‘Como Treinar o Seu Dragão’ revisita animação quase ao pé da letra
Versão do diretor canadense Dean DeBlois não acrescenta muito à franquia, que continua cativante e emocionante

A DreamWorks resolveu entrar na onda de remakes live-action de animações com Como Treinar o Seu Dragão. A história de Soluço e Banguela é revisitada quase ao pé da letra na versão do diretor canadense Dean DeBlois.
No longa, o menino, morador da ilha de Berk, onde vikings e dragões vivem em pé de guerra, é interpretado por Mason Thames. O jovem sofre por não ter o mesmo talento dos colegas para caçar as feras.
Subestimado pelo pai, Stoico (Gerard Butler), ele tenta provar seu valor. A oportunidade perfeita surge quando encontra e cria uma amizade improvável com um dragão Fúria da Noite, que ganha o apelido de Banguela.
Essa aproximação questiona as crenças da sociedade viking e mostra a bondade das criaturas. Junto da corajosa Astrid (Nico Parker) e do ferreiro Bocão Bonarroto (Nick Frost), eles vão ter que se unir para lutar contra uma antiga ameaça.
A aventura é tão cativante e emocionante quanto a retratada no filme original. Por um lado, não oferece nada muito novo à franquia e mal justifica a necessidade de um remake. Por outro, é fiel e bem-sucedida — deve ser um dos grandes sucessos de bilheteria dos próximos meses.
Além da direção de arte e da trilha sonora, chama atenção a escalação do elenco, muito semelhante aos personagens da animação.
NOTA: ★★★☆☆
Publicado em VEJA São Paulo de 13 de junho de 2025, edição nº 2948