‘Alien: Romulus’ marca retorno triunfal da franquia ao terror brutal
Sétimo capítulo da saga é tão bom quanto o primeiro, com atmosfera tensa, personagens jovens e criaturas assustadoras
Uma das franquias de terror e ficção científica de maior sucesso de todos os tempos está de volta às telonas. Com direção de Fede Alvarez, Alien: Romulus marca um retorno triunfal da saga sobre os extraterrestres aterrorizantes e assassinos, sete anos depois do último título (Alien: Covenant, 2017).
Os fãs podem respirar aliviados: é tão bom quanto o original. A história tem personagens inéditos, mais jovens, e é ambientada entre o primeiro (Alien, o 8º Passageiro, 1979) e o segundo filme (Aliens, o Resgate, 1986).
Em um mundo pós-apocalíptico controlado por uma empresa, a órfã Rain (Cailee Spaeny) e o “humano sintético” Andy (David Jonsson) buscam uma vida melhor. Tyler (Archie Renaux) e seu grupo de colonizadores fazem uma proposta irrecusável para uma viagem promissora, mas arriscada.
No meio do caminho, fazem uma parada em uma estação espacial abandonada e, com o surgimento de criaturas macabras, são obrigados a recalcular a rota e lutar pela sobrevivência.
A violência chega com os dois pés no peito, sem dó nem piedade dos personagens, criando a mesma atmosfera de terror psicológico que consagrou a franquia. Além de chocar o espectador, o filme prende a atenção nas 2 horas de duração, que passam voando.
Diretor da quadrilogia original, Ridley Scott assina a produção deste longa. A direção de Alvarez, que tem títulos como A Morte do Demônio (2013) e O Homem nas Trevas (2016) no currículo, brilha pela autenticidade e, ao mesmo tempo, celebra a essência estabelecida no passado.
Um exemplo disso é a adição de uma nova mutação horrenda de Xenomorfo. O enredo com personagens novos é revigorante e se aproxima das gerações jovens.
Os efeitos visuais são impecáveis. As criaturas parecem de verdade e o horror é visceral. Foram usados principalmente efeitos práticos (elementos físicos manipulados no set), com computação gráfica como acabamento final.
O elenco inteiro é um espetáculo, mas Jonsson rouba a cena com sua interpretação carismática do robô-humano. a experiência é totalmente imersiva, em uma crescente constante de adrenalina, do primeiro ao último segundo.
NOTA: ★★★★☆
Publicado em VEJA São Paulo de 16 de agosto de 2024, edição nº 2906