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Vinho e Algo Mais

Por Por Marcelo Copello Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Especialista na bebida, Marcelo Copello foi colunista de Veja Rio. Sua longa trajetória como escritor do tema inclui publicações como a extinta Gazeta Mercantil e livros, entre eles "Vinho e Algo Mais" e "Os Sabores do Douro e do Minho", pelo qual concorreu ao prêmio Jabuti
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Rótulos espanhóis que fogem do lugar-comum

Regiões menos conhecidas do país ibérico escondem boas surpresas

Por Marcelo Copello
Atualizado em 8 set 2022, 23h54 - Publicado em 8 set 2022, 21h00
Vinhos espanhóis
Espanha: fugindo do comum, quatro sugestões de tintos (Fotos/Divulgação)
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Quando falamos de vinhos espanhóis, o que primeiro vem a nossa mente são os clássicos da Rioja, os fortificados de Jerez e outros grandes rótulos de regiões famosas. Ribera del Duero, Priorato, Penedès, Cava, Rias Baixas, Rueda e Navarra são nomes já conhecidos do consumidor. A Espanha, contudo, terceiro maior produtor mundial da bebida e com a maior área de vinhedos do planeta, guarda muitos segredos. Regiões ou sub-regiões menos conhecidas podem oferecer belas compras, e há muitas a conhecer.

Na região de Aragón: Somontano, Campo de Borja, Cariñena e Calatayud; Toro e Cigales, em Castilla y León. Na Catalunha: Pla de Bages, Costers del Segre, Tarragona, Montsant e Terra Alta. Alicante e Utiel-Requena, na área de Valência. Yecla, Jumilla e Bullas, na região de Múrcia; e Valdepeñas, em Castilla-la-Mancha. Todas estas sub-regiões podem oferecer boas opções de compra, se devidamente garimpadas, especialmente se o estilo buscado for de tintos prontos, macios, fáceis de beber.

Dos vinhos selecionados, posso citar a região de Utiel-Requena, que ganhou nos últimos anos destaque internacional como origem do Toro Loco, sucesso mundial de vendas. Tem clima continental, com dias quentes e noites frias, e uma uva que se destaca: a bobal, que gera vinhos frutados e de boa acidez.

Alicante, também em Valência, porém mais costeira, é outra das destacadas. O clima é mediterrâneo (quente, com verões secos), com destaque para a cepa monastrell, de origem espanhola, mas muito plantada no sul da França, com o nome de mourvèdre. Ela se caracteriza por sua cor e taninos, com aromas de ervas e que às vezes lembram carne.

Terra Alta é uma sub-região da Catalunha, cuja capital é Barcelona. O clima é um misto de continental e mediterrâneo, com solos argilosos, bons para vinhos mais robustos. Nas castas, o destaque é a garnacha, que gera opções alcoólicas, de acidez moderada, frutadas e macias.

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Um destaque ainda pouco conhecido do norte da Espanha é Toro, próxima à mais renomada Ribera del Duero. A região é continental, com invernos rigorosos, e a casta que reina é a tinta de toro, um clone da tempranillo. Os vinhos, potentes e alcoólicos, tradicionalmente pesados e rústicos, vêm se aprimorando nos últimos anos.

Cabriana D.O. Terra Alta. Do excelente produtor Miguel Torres, da região de Terra Alta Torres. Elaborado com syrah e garnacha, com oito meses em carvalho francês e 14,5% de álcool. De cor rubi, com notas de frutas vermelhas maduras, pimenta-do-reino, carvalho novo, tabaco. Paladar de médio-bom corpo, taninos doces, macio, longo. R$ 188,12, na Wine.

Terra d’Uro Finca La Rana D.O. Toro. Da Bodega Terra d’Uro, da região de Toro. Elaborado com 100% tinta de toro (clone local da tempranillo), com dez meses em barricas de carvalho francês e 14,5% de álcool. Cor rubi violáceo, com notas de madeira nova, tostados, baunilha, ameixa madura, cravo, pimenta, terra. Paladar encorpado, taninos doces, textura macia. R$ 158,71, na Wine.

Expresión Reserva Bobal Utiel-Requena DOP. Da Bodegas Murviedro, da região de Utiel-Requena, com doze meses em barricas de carvalho e 13,5% de álcool. Cor granada escura, com notas de grafite, tostados, café, baunilha, chocolate, cerejas. Paladar encorpado, com bom volume, sente-se algum açúcar residual, mas com acidez para compensar. R$ 149,90, na Evino.

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Enrique Mendoza La Tremenda Monastrell Alicante D.O. Do produtor Enrique Mendoza, da região de Alicante. Elaborado com 100% monastrell, com seis meses em barricas de carvalho e 14,5% de álcool. Cor rubi escura, com aromas de cerejas maduras, couro, especiarias. Paladar encorpado, textura macia, taninos com rusticidade típica da casta, rico e saboroso R$ 205,90, na Evino.

Publicado em VEJA São Paulo de 14 de setembro de 2022, edição nº 2806

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