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Vinho e Algo Mais

Por Por Marcelo Copello Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Especialista na bebida, Marcelo Copello foi colunista de Veja Rio. Sua longa trajetória como escritor do tema inclui publicações como a extinta Gazeta Mercantil e livros, entre eles "Vinho e Algo Mais" e "Os Sabores do Douro e do Minho", pelo qual concorreu ao prêmio Jabuti

Os espumantes perfeitos para o inverno

Vinhos com borbulhas não precisam ser tomados só no calor – estilos complexos e rosés são escolhas para os dias frios

Por Marcelo Copello
18 jul 2025, 06h00
Espumante no inverno: leveza e frescor que também combinam com os dias frios
Espumante no inverno: leveza e frescor que também combinam com os dias frios (Lanaust/Freepik/Divulgação)
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Espumantes não são apenas vinhos de festa. Também não são exclusivos do verão.

No inverno, quando os tintos reinam nas taças e os pratos ganham corpo, textura e calor, as borbulhas revelam uma faceta inesperada: a da profundidade, da estrutura e da complexidade.

Um bom espumante de inverno não refresca — envolve. Não apenas acompanha, mas transforma uma refeição.

É nesta estação que os rosés ganham protagonismo. Geralmente, são produzidos com adição de vinho tinto ao vinho branco base.

Normalmente elaborados com a casta pinot noir, apresentam aromas de frutas vermelhas maduras, especiarias e, em muitos casos, uma leve presença de taninos.

Essa estrutura os torna ideais para harmonizar com carnes rosadas, como pato, cordeiro, leitão ou até um filé suíno ao molho agridoce.

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Também casam com risotos densos, massas recheadas de cogumelos ou embutidos curados como presunto cru e bresaola.

A forma de elaboração também pesa. Os espumantes feitos pelo método tradicional — com segunda fermentação na garrafa — oferecem mais do que bolhas: oferecem história.

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O tempo de amadurecimento sur lie (em contato com as leveduras) é um fator determinante. Quanto mais longa essa etapa, mais complexidade o vinho ganha.

Notas de brioche, crosta de pão, frutas secas, nozes, toques de manteiga, cogumelo seco e mineralidade surgem. A textura fica mais cremosa, a acidez se equilibra e a sensação de profundidade cresce.

Pouco se fala dos espumantes de guarda. E eles existem. Grandes rótulos podem envelhecer por décadas. Alguns, com dez, vinte ou até trinta anos, surpreendem pela vitalidade e nobreza. São vinhos que pedem taças grandes, muitas vezes as mesmas usadas para tintos de Borgonha. E, sim, podem ser decantados.

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A temperatura de serviço, claro, também muda. Enquanto no verão servimos de 6 a 8 graus, no inverno, o ideal é cerca de 10 graus. Mais gelado do que isso, o vinho se fecha; mais quente, perde o frescor. No ponto certo, revela sua alma.

 

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Sugestões de rótulos (Reprodução/Divulgação)

Champagne Veuve A. Devaux Cuvée Rosée: do produtor Devaux, feito com 80% pinot noir da região Côte des Bar, especializada em uvas tintas, com 20% de chardonnay. Fica um mínimo de três anos com as borras. Cor de rosa claro, aroma de morangos e framboesa fresca, casca de laranja, nota mineral. Paladar seco e firme, com acidez marcante, boa cremosidade. Belo champanhe com estrutura para encarar pratos principais e potencial de guarda. R$ 829,90, na Grand Cru.

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Louis Bouillot Crémant De Bourgogne Brut: Borgonha, elaborado pelo método tradicional, com segunda fermentação em garrafa e estágio sur lie de até doze meses. Corte de chardonnay, pinot noir, gamay e aligoté. No aroma, revela frutas brancas e cítricas, notas de brioche e frutos secos. Em boca, é vibrante, equilibrado e persistente, ideal tanto para aperitivos quanto para pratos mais elaborados. R$ 169,90, na Wine.

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Publicado em VEJA São Paulo de 18 de julho de 2025, edição nº 2953.

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