Teal: a cor que revela o futuro das organizações
Quando um tom simbólico vira metáfora para um novo paradigma de regeneração e liderança viva
À medida que nos aproximamos de 2026, uma cor ganha protagonismo global: Transformative Teal, anunciada pela WGSN como o tom que sintetiza a sensibilidade de uma era em transição.
Uma fusão entre o azul-profundo da confiança e da tecnologia e o verde-água da regeneração e da natureza, o teal não é apenas uma cor, é um símbolo da convergência entre mundos que antes caminhavam separados. Ele expressa exatamente o que estamos vivendo: um desejo urgente de reorganizar prioridades, equilibrar progresso com propósito e escolher caminhos mais conscientes para o futuro.
Curiosamente, enquanto o design, a moda e o consumo se preparam para vestir o mundo com esse tom transformador, o universo das organizações já discute o “teal” há alguns anos, não como cor, mas como estágio evolutivo. Inspirado pelo trabalho de Frédéric Laloux em Reinventing Organizations, o conceito de organização “teal” (às vezes traduzido como “opale” no francês) foi introduzido para descrever um estágio evoluído de empresas e representa uma ruptura profunda com o modelo tradicional.
O conceito nasce da percepção de que estruturas hierárquicas rígidas já não dão conta da complexidade atual. As organizações que avançam para esse estágio distribuem poder, cultivam ambientes em que as pessoas podem trazer sua inteireza e deixam de tentar controlar tudo para, finalmente, aprender a escutar o propósito que emerge delas mesmas. E é aqui que a coincidência se transforma em metáfora poderosa.
Assim como o Transformative Teal combina a estabilidade do azul com a vitalidade do verde, as organizações teal integram aspectos que antes eram tratados como opostos: lógica e emoção, estrutura e fluidez, estratégia e intuição. O azul fala de racionalidade, previsibilidade e clareza, tudo aquilo que mantemos de pé. O verde-água aponta para regeneração, adaptação e cuidado, tudo aquilo que precisamos reinventar.
No coração do teal, esses dois mundos não brigam, eles coexistem. É a cor da co-evolução. Esse paralelo fica ainda mais evidente quando pensamos no momento cultural que vivemos. O teal carrega o prefixo “transformative” porque simboliza uma virada, um deslocamento para uma mentalidade que coloca o planeta, a diversidade e o bem-estar no centro das decisões.
Ambos, a cor e o paradigma, pedem mais fluidez, mais profundidade e mais consciência. Ambos rejeitam o excesso de polarização e abraçam o “entre”: entre tecnologia e humanidade, entre eficiência e cuidado, entre crescimento e regeneração. É um chamado a aprender a viver nesse intervalo entre o azul e o verde, entre o que já sabemos e o que podemos nos tornar.
Se o teal é a cor do ano, talvez seja também o convite simbólico para que líderes, equipes e organizações olhem para si e perguntem: estamos apenas colorindo relatórios de sustentabilidade ou assumindo, de fato, a urgência planetária? Estamos usando a tecnologia para ampliar a vida ou para acelerar um modelo que já não se sustenta? Estamos organizando o trabalho para maximizar eficiência ou para maximizar humanidade? Estamos apenas adotando o tom da época ou dispostos a encarnar o espírito dela?
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