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Futuros: de dentro pra fora

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Sabina Deweik é jornalista, futurista e caçadora de tendências. Ela dedica-se a rastrear, ler e digerir o futuro, conhecimento que divide em palestras, workshops, capacitações e em sua coluna todas as segundas-feiras

Revoluções silenciosas: o barulho do que não é dito

“Desistências silenciosas” não são estatísticas distantes, são espelhos do nosso tempo.

Por Sabina Deweik
13 out 2025, 08h00
“Desistências silenciosas” fazem parte da atual realidade (Freepik/Reprodução)
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Nos últimos anos, o mundo do trabalho tem aprendido novas forma de dizer “chega”, sem cartazes, megafones ou alardes. São as chamadas revoluções silenciosas: movimentos de protestos invisíveis, em que profissionais resistem em silêncio, redefinem limites e recusam incoerências.

São vários os tipos de “silêncios”: o “quiet quitting” (demissão silenciosa), quando o profissional cumpre apenas o mínimo em ambientes que sugam energia; o “quiet ambition” (ambição silenciosa), de quem escolhe crescer sem sacrificar a vida pessoal; o “quiet cracking” (ruptura silenciosa), aquele esgotamento invisível que vai corroendo a motivação e até o “climate quitting” (demissão climática), quando profissionais deixam ou rejeitam empregos porque a empresa não leva a sério a crise climática.

Aquilo que não é dito revela muito. A Gallup mostra que 59% dos trabalhadores no mundo já estão em “quiet quitting”. No Brasil, 30% sofrem de burnout, segundo a Associação Nacional de Medicina do Trabalho. E de acordo com a KPMG um 1 cada 3 jovens de 18 a 24 anos já rejeitou ofertas de trabalho por causa das credenciais ambientais da empresa.

Essas “desistências silenciosas” não são estatísticas distantes, são espelhos do nosso tempo.

 

Percebo que não estamos exatamente desistindo de trabalhar. Estamos, sim, recusando os velhos modelos.

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O protesto deixou de ser grito para se tornar atitude: desligar o celular após o expediente, negar uma promoção sem propósito, buscar sentido antes de salário.

E aqui está o alerta: quando a manifestação é silenciosa, o risco é maior. Empresas que ignoram sinais de desengajamento, perdem talentos, produtividade e credibilidade. Não se trata apenas de programas de bem-estar, o que precisamos é construir culturas do trabalho que respeitem limites e ampliem novas possibilidades.

Afinal, as revoluções não estão acontecendo em grandes palcos, mas em barulhos silenciosos. Nosso grande desafio será aprender a ouvir esse silêncio antes que ele se torne desistência!

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