‘Megatubarão 2’: graça do filme está no exagero e em não se levar a sério
No longa que está em cartaz, Jason Statham retorna ao fundo do mar para encontrar mais megalodontes

✪✪✪ Se um tubarão de 20 metros de comprimento já é grande, em Megatubarão 2 os “megalodontes” são ainda maiores. Não à toa, a ação também cresce. O filme, em cartaz nos cinemas, se passa alguns anos após o primeiro capítulo, de 2018. Agora capturado, o predador é estudado em uma estação de pesquisa marinha.
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A equipe de Jonas Taylor (Jason Statham) parte para um mergulho exploratório nas profundezas do oceano para encontrar mais animais da espécie extinta. Mas, no meio da jornada, os pesquisadores se deparam com outros vilões: um grupo de mineração subaquática ilegal que desafia a missão.
Quando se trata de tubarões, é inevitável pensar em Tubarão. O próprio filme tem consciência disso e até faz uma citação a Tubarão 2. Aqui, no entanto, não há a pretensão de reproduzir ou reinventar o clássico. O longa se difere por ter um perfil mais voltado para a ação e menos para o suspense — e, além de contar com Statham, o elenco ganha na sequência outro ícone do gênero: Wu Jing.
A graça de Megatubarão 2 está no exagero e em não se levar a sério. A ambição de ter predadores maiores diz muito por si só e é, de fato, atingida. O público recebe o que paga para ver: megatubarões. Mesmo com efeitos de computação gráfica fracos, os superanimais cumprem o propósito de criar adrenalina. É puro suco de entretenimento.
Publicado em VEJA São Paulo de 16 de agosto de 2023, edição nº 2854