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Filmes e Séries - Por Barbara Demerov

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Casa Gucci é o show particular de Lady Gaga; como filme, experiência fica pela metade

Com direção de Ridley Scott, produção está em cartaz nos cinemas e apresenta a ascensão e queda de Patrizia Reggiani

Por Barbara Demerov
Atualizado em 29 nov 2021, 20h32 - Publicado em 29 nov 2021, 20h31
Lady Gaga
Lady Gaga: cotada ao Oscar 2022 por sua interpretação em Casa Gucci (Divulgação/Divulgação)
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Casa Gucci, lançamento da Universal Pictures estrelando Lady Gaga, Adam Driver, Al Pacino, Jeremy Irons e Jared Leto, está em cartaz nos cinemas. O drama inspirado no livro “The House of Gucci”, de Sara Gay Forden, tem a direção do aclamado Ridley Scott (Gladiador, Alien – O 8.º Passageiro) e conta, de forma ácida, a ascensão e queda de Patrizia Reggiani, esposa de Maurizio Gucci, ex-diretor da grife italiana.

A trama acompanha o relacionamento do jovem casal desde o início e tem como prioridade destacar a ambição de Patrizia – seja no casamento, por saber da herança do pretendente, ou na área profissional, quando já está casada. Abrangendo três décadas da história da família Gucci, a caprichosa produção não economiza nos looks belíssimos e na relevância dada ao papel de Gaga.

A cantora e atriz vencedora do Oscar dá tudo de si e realmente personifica a figura da mulher que, para se vingar de Maurizio, encomendou seu assassinato em 1995. À época, o casal já estava separado e a presença de Patrizia na empresa de moda não era nem um pouco bem-vinda.

O longa de 2h38 de duração apresenta os ruídos na própria família Gucci e as traições que afetaram diretamente a marca, resultando em um período decadente e sem brilho. Scott entende desde o princípio que essa história não se trata de uma biografia tradicional e, principalmente, que seus personagens não são confiáveis ou dignos de tanta seriedade. Portanto, há diversas passagens que beiram o cômico (em especial, com o personagem de Jared Leto) e reforçam as bizarrices dos Gucci no geral.

Por outro lado, são essas mesmas cenas que desgastam o tom no decorrer da longa narrativa. Há tantos eventos a serem citados que alguns – como o próprio fim do casamento de Patrizia e Maurizio – passam como se fossem cometas. Sendo assim, a experiência fica “pela metade”, com uma boa introdução e um final pouco animador.

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