Franquia em expansão: ‘Avatar’ ganha videogame com visual impecável
' Avatar: Frontiers of Pandora' será lançado em 7 de dezembro pela Ubisoft; a Vejinha participou de evento especial do game em Los Angeles
Desde a estreia do primeiro filme, em 2009, Avatar surpreendeu a crítica e o público por sua alta qualidade visual e técnica. James Cameron, diretor e idealizador de todo o mundo de Pandora e dos Na’vi (grandes criaturas azuis que vivem em meio à natureza), já pensava em realizar o filme desde 1994, mas esperou até a tecnologia do audiovisual estar apta a acompanhar o que estava em sua mente.
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Após a estreia do segundo longa, Avatar: Caminho da Água, em 2022, Cameron afirmou que o terceiro capítulo já foi filmado e que está planejando outros dois. Dessa forma, já é possível afirmar que Avatar se tornou uma das franquias mais rentáveis do cinema, colecionando bilhões de dólares nas bilheterias e desbancando até Titanic, outra famosa produção do diretor.
E, enquanto os fãs esperam pelos próximos longas, um novo (e grande) passo foi dado pelo estúdio da Ubisoft Massive Entertainment, em colaboração com a Disney e a produtora Lightstorm Entertainment, do próprio Cameron: um game que expande a história vista nos cinemas e introduz os jogadores a novas áreas de Pandora.
Avatar: Frontiers of Pandora será lançado em 7 de dezembro e a Vejinha foi um dos veículos convidados para o evento de imprensa com a presença da equipe de criação, diretamente da Lightstorm, em Los Angeles.
O game fará com que os jogadores personifiquem um Na’vi que desperta em Pandora anos após ter sido sequestrado e criado por uma corporação militar. O protagonista precisa recuperar sua herança ancestral e aprender o real significado de ser Na’vi.
Tendo a árdua missão de emular níveis próximos de qualidade visual, o game impressiona com gráficos coloridos e extremamente detalhados. É possível amplificar a experiência dos filmes de diversas maneiras: voando com criaturas de Pandora, explorando o rico ecossistema e conhecendo os clãs que vivem por lá.
Fora as missões principais, a equipe formada pelo diretor criativo Magnus Jansen, o supervisor de efeitos visuais Richard Baneham e a diretora Ditte Deenfeldt, entre outros, espera que os jogadores se sintam livres para absorverem o máximo de Pandora. “O mais importante para nós é a imersão e trazer o planeta à vida”, conta Ditte.
Além disso, Avatar: Frontiers of Pandora não é apenas um derivado sem relação com os filmes: o game será lançado como parte oficial da franquia.
Papo com o produtor Jon Landau
Durante o evento para a imprensa, o produtor Jon Landau, parceiro de longa data de James Cameron, falou sobre o lançamento de Avatar: Frontiers of Pandora.
Em entrevista à Vejinha, Landau afirma que era “obrigatório” tornar o game uma extensão da franquia cinematográfica. “O que quer que fosse criado no jogo, não permitiríamos que interferisse no que estávamos fazendo em nossas histórias para o cinema. Ao mesmo tempo, adotamos esses novos elementos como parte do futuro cânone de Avatar. Agora que o game está sendo lançado, esses novos clãs e personagens vão existir”, conta.
O produtor, vencedor do Oscar por Titanic, diz que a franquia pode crescer ainda mais com livros e materiais de publicidade e que as possibilidades são infinitas. “Mas é sempre preciso pensar na qualidade”, destaca, demonstrando pensamentos parecidos com os de Cameron.
Sobre o cineasta, Landau afirma que Cameron não se vê como um diretor de fantasia. “Tudo precisa fazer sentido na vida real: desde o design de uma armadura até o visual de uma criatura do mar. Ele sempre pensa em tudo.” Tal comportamento tão minucioso reflete em filmagens tão extensas que a chance de uma série limitada de Avatar ainda é pequena.
Landau explica: “eu adoraria fazer uma série, mas temos de chegar a um ponto em que os efeitos visuais possam funcionar com um cronograma mais eficiente e ágil. Há uma cena de Avatar que demorou simplesmente nove meses para ficar pronta. Agora aceleramos algumas coisas. Mas, quando uma única cena leva meses para ser finalizada, ainda é difícil pensar em uma série limitada acontecendo”, aponta.
Publicado em VEJA São Paulo de 01 de dezembro de 2023, edição nº 2870