As respostas dos meios místicos para se chegar à felicidade
Léo Lousada estuda espiritualidade há mais de trinta anos e é um dos fundadores do canal do YouTube Conhecimentos da Humanidade
UMA RESPOSTA PESSOAL A felicidade é algo que buscamos a todo momento. Mas você já se perguntou o que ela é para você? É um estado de espírito ou uma soma de bons momentos?
PRIMEIRO, É HORA DE DESFAZER Em geral, vivemos momentos pontuais de felicidade e seguimos em busca de mais instantes desses para que tenhamos uma rotina feliz. Mas, para entendermos como é a tal felicidade, talvez precisemos desconstruir paradigmas.
OBJETIVIDADE ZERO Se você acredita que a felicidade é o seu objetivo, melhor repensar. Ela simplesmente não pode ser um objetivo, porque é subjetiva. Talvez algo que o faça feliz agora venha a ser, daqui a alguns anos, ou minutos, irrelevante. Então, por que entregamos a nossa realização a pessoas e objetos que podem ser tirados de nós? Vale entregar nossos estados de alegria a situações externas e materiais?
FERRAMENTAS MÍSTICAS Até aqui, a ideia era provocar a reflexão sobre o que é a felicidade e como podemos atingir um estado mais “permanente” ou mais místico. Existem ferramentas como a cabala e filosofias como o hermetismo que vêm tentar trazer luz à questão da felicidade. Esses instrumentos têm muitos ensinamentos e diferenças, mas, nos pontos em que se tocam, falam de como alcançar estados mais duradouros de bem-estar.
CONSEQUÊNCIA E QUERER Existem dois conceitos simples para interiorizarmos esse estado. O primeiro é entender que a felicidade é uma consequência. Aquele que conhece a si mesmo sabe do que gosta e do que não gosta. Sabe quem é, o que vibra e atrai, e está sempre em busca do que quer. E esse Querer (com Q maiúsculo mesmo) é o que nos dá a certeza do que é importante para nós.
BUSCA POR NÓS MESMOS A partir desse momento, buscamos o que desejamos para que nos tornemos versões melhores de nós mesmos. O resultado? Um estado mais constante de felicidade, consequência justamente de buscar quem nós somos.
EQUILÍBRIO NA BALANÇA O segundo conceito é que o universo está em constante busca pelo equilíbrio e por compensações. Aquele que sabe disso tem consciência de que há escolhas que nos dão e escolhas que nos tiram. O equilíbrio está em aprender a abrir mão daquilo que não nos pertence para que possamos escolher o que nos é de direito por essência.
PODER DA ESCOLHA Não há problema em sentir-se triste pela perda de algo, mas cabe lembrar que essa tristeza também é uma consequência. E aqui está uma chave: quando tiramos o poder do que é consequência e damos poder ao que é escolha, começamos a nos aproximar de um estado em que a sensação de liberdade e felicidade se torna mais presente.
MUDANÇA DE DIREÇÃO Por fim, a sugestão é perceber que a felicidade não consiste em trazer o que está fora para dentro, mas em buscar o que está dentro e trazê-lo para fora.
Léo Lousada (@leoplousada) estuda espiritualidade há mais de trinta anos e é um dos fundadores do canal do YouTube Conhecimentos da Humanidade, que aborda religiões, costumes, sociedades, grupos, histórias e pensamentos que construíram o mundo que habitamos hoje.
Publicado em VEJA SÃO PAULO de 04 de dezembro de 2019, edição nº 2663.