Preguiça de ler? Confira dicas para encaixar os livros no seu dia a dia
Eduardo Giannetti da Fonseca, economista, escritor e dono de uma biblioteca com mais de 6 000 títulos, ensina

> A leitura precisa surgir do desejo pessoal, não de um senso abstrato de que alguém “deve” ler. Não há, portanto, motivação maior que buscar livros que proporcionem experiências prazerosas.
> Se não sente vontade de ler a mesma coisa todos os dias, tenha quatro ou cinco livros que reveze conforme sua disposição e tempo.
> Se empacar em um texto, não insista muito. Troque por algo mais ligado ao seu estado de espírito naquele momento.
> Aproveite qualquer intervalo. Carregue sempre leituras menos exigentes e as encaixe ao longo do dia. O que mais funciona são os textos modulares e artigos curtos.
> Cerque-se de obras. Quanto mais ao alcance estiverem, maior a probabilidade de lê-las.
> Onde ler? Depende do objetivo. Se for o que chamo leitura microscópica, que requer atenção e anotações, opte por uma mesa ou escrivaninha. Para algo mais lúdico, um sofá ou poltrona confortáveis.
> Ruído ambiente consiste em um grande inimigo. Deixe de fundo uma música suave, tocando bem baixinho.
> As novas tecnologias conspiram violentamente contra a prática. Quando preciso me concentrar, seja para ler ou escrever, aviso os mais próximos que sairei do ar. Então, coloco o telefone em uma valise, fecho, guardo no armário e só retorno horas depois. Ou mais: cheguei a ficar quarenta dias sem celular.