As delícias do varejão da Ceagesp
Minha infância foi marcada por idas à Ceagesp. Eu costumava acompanhar a minha mãe ao varejão das quartas-feiras, depois da escola. Confesso que não via muita graça naquilo. Eu ajudava a escolher legumes e verduras por obrigação. Depois, ainda tinha que carregar as sacolinhas. A parte boa eram as frutas que os funcionários cortavam na […]
Minha infância foi marcada por idas à Ceagesp. Eu costumava acompanhar a minha mãe ao varejão das quartas-feiras, depois da escola. Confesso que não via muita graça naquilo. Eu ajudava a escolher legumes e verduras por obrigação. Depois, ainda tinha que carregar as sacolinhas. A parte boa eram as frutas que os funcionários cortavam na hora: e dá-lhe manga docinha, morango bem vermelho, abacaxi em cubos…
+ O mapa da Ceagesp: localize-se dentro do espaço
Hoje, eu diria que ir à feira é um dos meus passatempos prediletos. Uma espécie de terapia — crio receitas na minha cabeça só para comprar os ingredientes. Vai entender? Pois duas semanas atrás, precisei passar uma tarde na Ceagesp a trabalho. Em vez de garimpar batata, tomate, cebola, alface e temperos, minha tarefa era desvendar os quitutes servidos ali, para comer na hora. Com um sorriso de orelha a orelha, lá fui eu.
O varejão noturno ainda ocorre às quartas, das 14h às 22h, na Praça da Batata (portão 7, Avenida Gastão Vidigal). Todas as barracas de alimentação ficam no início da feira, perto da entrada de carros. Quem estiver na Vila Leopoldina nesses dias, vale a pena entrar para traçar um lanche caprichado. Quando tudo virou gourmet, deliciar-se com pequenos e simples prazeres fica ainda mais gostoso.
Abaixo, eu conto o que há de mais bacana para matar a fome ali:
■ Pernil do Zezé
O sanduíche de pernil do Zezé foi o meu lanche preferido. A carne úmida e macia é servida em um pão francês fresquinho junto de cebola chapeada e vinagrete (R$ 8,00). Para acrescentar queijos prato ou mussarela ou ovo frito, paga-se R$ 2,00 por cada um. O dono, José Xavier de Araújo, mais conhecido como Zezé, também participa do varejão dos fins de semana, no MLP, e tem um restaurante fixo perto da Torre do Relógio.
■ Acarajé da Cris
Embora seja pernambucana, Maria Cristiana Ramos Silva faz ótimos acarajés (R$ 8,00). Para dar conta dos cerca de 150 bolinhos vendidos no varejão, ela coloca o feijão de molho na véspera e acorda cedinho na quarta-feira para preparar o vatapá e o caruru, usados no recheio. Incrementam ainda os salgados típicos da Bahia camarões e vinagrete. O que mais me chamou atenção nos quitutes foram o azeite de dendê usado na fritura e a massa crocante.
■ Hara Conveniência e Cozinha Japonesa
Há dois anos, a família Hara abriu um misto de loja e restaurante na Granja Viana (Rodovia Raposo Tavares, km 24, sentido Cotia, tel.: 4702-4115). Às quartas, porém, a cozinha fica fechada. Nesses dias, toda a equipe vai para a Ceagesp, onde mantém uma barraca desde 1994. Marcos Kenji usa as receitas de sua mãe, dona Olga, para preparar um concorrido yakisoba de carne, frango e legumes (R$ 10,50, o médio, e R$ 15,00, grande). Quem quiser provar algo diferente, vale pedir o tempurá udon (R$ 10,00 e R$ 14,00). Trata-se de um caldo à base de shoyu incrementado por macarrão udon, cebolinha, omelete e tikua, uma espécie de massa de peixe, na companhia de tempurá de legumes. A porção menor, beeem farta, deverá ser suficiente.
S.B.
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