Vale encarar a espera para assistir ao Rei Leão
Por Adriana Ferreira Silva, tia e madrinha de Julia, de 8 anos, e editora do site de VEJASAOPAULO.COM Desde que O Rei Leão estreou, há três meses, estava aflita para assistir ao espetáculo com minha sobrinha, a Julia. Esperei semanas por um lugar – as sessões são superconcorridas – e finalmente, no último domingo, a […]

Por Adriana Ferreira Silva,
tia e madrinha de Julia, de 8 anos,
e editora do site de VEJASAOPAULO.COM
Desde que O Rei Leão estreou, há três meses, estava aflita para assistir ao espetáculo com minha sobrinha, a Julia. Esperei semanas por um lugar – as sessões são superconcorridas – e finalmente, no último domingo, a pequena e eu fomos ao musical.
Aos 8 anos, a Julia não é da geração que se apaixonou pela animação da Disney, lançada exatos dez anos antes de ela nascer. Como também não é dada a assistir a filmes na TV, ela nunca tinha ouvido falar do leãozinho.
Isso não foi um problema. Rapidamente ela entendeu que os atores representavam os animais, dispensando minhas explicações ao pé do ouvido: “já entendi, madrinhaaaa!”.
Sempre que nos aventuramos juntas, costumo me emocionar mais do que ela. Suspirei quando Branca de Neve deslizou pelo cenário do espetáculo Disney on Ice – Princesas, no Ginásio do Ibirapuera, há quatro anos; acompanhei animada o hit da Família Addams, em sessão do musical, no ano passado; e vibrei com as fãs do Jonas Brothers, em março. Neste episódio, ouvi um “para de dançar, madrinha”, de uma sobrinha muito envergonhada.
No Rei Leão, não foi diferente. Engoli em seco, quando, no início do espetáculo, elefantes, girafas, pássaros gigantes desceram pelos corredores do teatro, em meio à plateia, e ocuparam o palco transformando-o em uma floresta, numa cena lindíssima.
Julia ficou vidrada. Empolgou-se com o jeito “esquisito” de cantar da babuína Rafiki (a atriz sul-africana Phindile Mkhize). Ficou fascinada por cenários, iluminação e o teatro de sombras que entremeia os episódios, e, claro, adorou as crianças que interpretam os filhotes Simba e Nala (quatro diferentes atores mirins, alternando-se a cada sessão). Mesmo sem conhecer o filme, cantarolou Hakuna Matata, que, assim como as demais canções, ganhou versão impecável de Gilberto Gil.
No final da primeira parte, me disse que estava gostando da peça, mas a história era “muito triste”. O segundo e último ato não prendeu tanto sua atenção. “Que horas são?”, “falta muito ainda?” foram perguntas feitas pelo menos duas vezes.
Sua crítica, portanto, seria a de que o prólogo, mais dinâmico, colorido e repleto de ação, é “muito mais legal” do que o segundo – eu destacaria ainda o excelente trabalho do ator Osvaldo Mil como o malvado e invejoso leão Scar.
Meia hora a menos de duração cairia bem. Mas, apesar disso, O Rei Leão é indicado para todas as idades. No intervalo, por exemplo, uma garotinha de uns dois anos, no colo da mãe, pedia impaciente para voltar à sala “e ver o leãozinho”. Já um quarteto formado por duas meninas e dois meninos com idades entre três e seis anos encenou um espetáculo à parte imitando os rugidos do filhote Simba para “assustar” o público. A cena, obviamente, me levou às lágrimas.
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