Em ‘Um dia, um Rio’, Grupo 59 de Teatro dá voz a curso d’água poluído
Peça se baseia em livro de mesmo nome, que alude ao desastre de Mariana, no qual a Bacia do Rio Doce foi contaminada por lama, em 2015
Se um rio pudesse falar, o que ele diria? Um curso de água é o protagonista do espetáculo Um Dia, um Rio, que estreia no Sesc Ipiranga neste domingo (26). A peça é baseada no livro de mesmo nome de Leo Cunha e André Neves (Editora Pulo do Gato, 32 págs., 2016), que concorreu ao Prêmio Jabuti em 2017. O Grupo 59 de Teatro traça a trajetória do rio, desde quando era um riacho até a sua destruição pelo desabamento de uma barragem de mineração. A história alude ao desastre da cidade de Mariana, em Minas Gerais, em 2015, mas acaba representando todo o meio ambiente prejudicado pelas ações humanas. no palco, cinco atores — Carol Faria, Fernando Vicente, Gabriel Bodstein, Nathália Ernesto e Jane Fernandes — se revezam na interpretação do protagonista, que também faz as vezes de outros personagens que interagem com ele, como os canoeiros e sua margem. O enredo é conduzido por canto e música e as cenas se constroem a partir de peças geométricas manipuladas pelos artistas. A direção é de Fabiano Lodi. Rec. a partir de 4 anos. (50min).
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Sesc Ipiranga. Rua Bom Pastor, 822, Ipiranga, ☎ 3340-2000. ♿ Dom., 11h. R$ 25,00 (crianças de até 12 anos não pagam). Até 2/4. sescsp.org.br.
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Publicado em VEJA São Paulo de 1° de março de 2023, edição nº 2830