Frutas e legumes ganham vida em novo livro de Pedro Bandeira; confira entrevista
O escritor lança 'Tutifruti' neste sábado (24), na Livraria da Vila do Shopping Pátio Higienópolis
Frutas e legumes ganham vida no novo livro de Pedro Bandeira, Tutifruti: Venha para a Feira da Alegria (Moderna, 48 págs., R$ 50,05), cujo lançamento acontece neste sábado (24), às 15h, na Livraria da Vila do Shopping Pátio Higienópolis. Com fotografias de Ayumi Yamamoto e arte de Mariana Munhoz, o título vem do desejo do escritor de ampliar o repertório voltado à primeira infância, fase que vai do 0 aos 3 anos. Confira a entrevista com o autor abaixo.
Como foi o processo de criação do livro?
Para o bebê, tudo tem vida, então pensei em fazer isso com frutas e legumes. Tive dificuldade para encontrar artistas para ilustrar, até que achei a Mariana Munhoz, que tem uma delicadeza brilhante. Nos encontrávamos uma vez na semana, íamos ao mercado para comprar as frutas e fotografávamos. Uma vez, ela fez uma couve-flor tão linda, com um olhar tão desolado, que tive que mudar o layout e fazer uma página a mais para essa personagem (risos).
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Qual a maior dificuldade de escrever para crianças de até 3 anos?
Você precisa conhecer as crianças e estudar sobre esse período de desenvolvimento. Um homem de 40 anos e outros de 44 são pessoas absolutamente iguais, mas um menino de 4 e outro de 8 são absolutamente diferentes. Se você quer fazer uma criança pequena rir, não adianta fazer piada, pois ela ainda não entende ironia. Muitos falam da linguagem, mas não tem nada disso. O que importa é a compreensão do emocional da criança, de como ela enxerga o mundo. Uma criança de 10, por exemplo, pode ler Harry Potter e, mesmo com todas aquelas palavras “estranhas”, vai entender tudo.
Trabalha em um novo livro?
Sim. Ele está pronto, mas não entreguei ainda porque estou revisando. É um livro genial em que falo sobre algo que está acontecendo muito atualmente, que é a negação das vacinas.
Pretende levar alguma das suas histórias ao streaming?
Hmmm… Como faço para ficar com a boca fechada, hein? Não posso dizer, falta uma assinatura.
Publicado em VEJA São Paulo de 28 de junho de 2023, edição nº 2847