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Silas Colombo - Direto de Itaquera

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Há um mês morando ao lado do Itaquerão , o repórter Silas Colombo traz direto da fonte as histórias, novidades e a expectativa do bairro que será centro do mundo - ou pelo menos do mundo do futebol – durante a Copa.
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Itaquera entre críticas e elogios. Veja o que os turistas da Copa estão falando do bairro

A escolha de Itaquera como bairro-sede do estádio paulistano na Copa do Mundo colocou uma pulga atrás da orelha de muitos torcedores e críticos em geral. Um bairro afastado do centro, sem nenhum histórico de receber grandes eventos e com um estádio até então inexistente, realmente não eram bons atrativos. Depois de receber cinco partidas […]

Por Silas Colombo
Atualizado em 27 fev 2017, 01h06 - Publicado em 7 jul 2014, 18h14
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O alemão Matt Heidemann no metrô saindo do Itaquerão (Foto: Silas Colombo)

A escolha de Itaquera como bairro-sede do estádio paulistano na Copa do Mundo colocou uma pulga atrás da orelha de muitos torcedores e críticos em geral. Um bairro afastado do centro, sem nenhum histórico de receber grandes eventos e com um estádio até então inexistente, realmente não eram bons atrativos. Depois de receber cinco partidas com cerca de 80 000 torcedores em cada ocasião, Itaquera – assim como o Mundial em geral – derrubou os argumentos dos pessimistas de plantão e cativou a maioria dos turistas (estrangeiros ou não) que passaram por lá até agora.  O bairro também está no coração do presidente da Fifa, Joseph Blatter. Na terça-feira (1º), durante o jogo Argentina X Suíça, ele admitiu estar “amando Itaquera”. Veja algumas das observações:
“Gostei do trem expresso e do estádio, mas fiquei impressionado com a arquitetura do bairro ao redor. As construções, principalmente as casas, parecem ser construídas sem muito planejamento. Algumas nem acabamento tinham. Apesar disso, pareciam espaçosas e os moradores viam minha curiosidade e me chamaram para entrar e conhecer várias vezes”, conta o engenheiro civil, Yog Kyeon, da Coreia do Sul.

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O engenheiro Yog Kyeon e amigas da Coreia do Sul (Foto: Silas Colombo)

“Tive dificuldade com o idioma. Poucas pessoas falam inglês direito. Precisei comprar bloqueador solar em um mercado e precisaram chamar o gerente para me ajudar a encontrar. Fora isso, achei a vizinhança bem simpática. Antes de viajar, o discurso do noticiário é de que ali era uma favela e para termos bastante cuidado. Não vi nada perigoso, pelo contrário”, diz o alemão Matt Heidemann.

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“Comprei cinco coxinhas por 2 dólares. Incrível. Os restaurantes tem muita variedade de comidas e são baratos. Um prato simples que chamaram de ‘comercial’ saiu por 5 dólares e uns centavos”, comemora o Belga Abdelaziz Kacper.

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O belga Abdelaziz Kacper no Shopping Metrô Itaquera (Foto: Silas Colombo)

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“A cerveja é barata e as pessoas gostam de festejar na rua. O estádio fica muito longe do nosso hostel, que fica em uma região (nos Jardins) que nos disseram ser bem central” diz o inglês John Reikmann.

“Na saída do jogo, vi pessoas gritando de dentro de bares para os adversários: Chupa! Chupa!. Quando me explicaram o que significava achei muito desrespeitoso”, lamenta a uruguaia Sônia Gutierrez, que assistiu os jogos com a família.

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A família Gutierrez, direto do Uruguai para a Estação Paulista do metrô (Foto: Silas Colombo)

“Nos sugeriram um caminho para ir de carro até o estádio que nos tomou muito tempo. Rodamos muito e quase nos atrasamos para o jogo. Pegamos uma estrada (Rodoanel Sul) que parecia estar nos tirando da cidade. Por fim, chegamos à uma parte bem feia de Itaquera. Fiquei bastante assustado com o caminho e com a falta de sinalização”, reclama o holandês, Carlien Van der Kamp, que usou a Avenida Jacu Pêssego para ir ao Itaquerão.

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Os croatas Hadeon, Roko e Yure na chegada ao Itaquerão para a abertura da Copa (Foto: Silas Colombo)

“Lugar bastante diferente, mas bem bonito. Gostei de ver o asfalto pintado com desenhos da Copa e bandeiras do Brasil nas casas. Me senti muito bem vindo”, explica o croata, Hadeon Martinovic.

“Ainda não entendi o porque de levar os jogos até Itaquera. É muito longe, não tem hotel perto. Quando o jogo acaba, demoramos quase duas horas para sair de lá e chegar na Avenida Paulista”, reclama a brasiliense Maria das Dores Panhedo.

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