“O Príncipe do Deserto”
Por Miguel Barbieri Jr. Diretor badalado nos anos 80 por causa de filmes como “A Guerra do Fogo” (1981) e “O Nome da Rosa” (1986), o francês Jean-Jacques Annaud pretende dar uma de David Lean fazendo aqui seu Lawrence da Arábia. Mas a intenção morre na areia a partir da metade da trama — é […]
Por Miguel Barbieri Jr.
Diretor badalado nos anos 80 por causa de filmes como “A Guerra do Fogo” (1981) e “O Nome da Rosa” (1986), o francês Jean-Jacques Annaud pretende dar uma de David Lean fazendo aqui seu Lawrence da Arábia. Mas a intenção morre na areia a partir da metade da trama — é aí que o roteiro desanda, consegue ficar confuso e aborrecer a plateia. A história começa bem e como uma aventura épica. No início do século XX, dois sultões fazem um acordo na Arábia. Além de a região conhecida como Cinturão Amarelo ficar intocada, Amar (Mark Strong) dará ao inimigo, Nesib (Antonio Banderas), seus dois pequenos filhos. O tempo passa. Enquanto Saleeh (Akin Gazi) cresce com sede de justiça, seu irmão caçula, Auda (Tahar Rahim, de “O Profeta”), volta-se para a cultura e os livros. A situação de paz muda quando um americano insiste que a região proibida é rica em petróleo. Não dá outra: o “ouro negro” jorra e o reino de Nesib enriquece. A partir daí, haverá mortes, revoltas, caravanas pelo deserto, gente com sede e fome. Em produção de época caprichada, que reproduz à perfeição detalhes árabes nos cenários, a fita, em desmedida ambição, insiste na emoção, que nunca chega.
+ “O Principe do Deserto”: onde assistir
+ Os melhores filmes em cartaz; salas e horários
AVALIAÇÃO ✪✪