“O Filme dos Espíritos”
Por Miguel Barbieri Jr. “Bezerra de Menezes — O Diário de um Espírito” (2008) perdeu o posto de pior drama espírita nacional. Incomparável sob qualquer ponto de vista (técnico, emocional etc.), esta fita, patrocinada por uma fundação das Casas André Luiz, tem defeitos primários e jamais atinge o objetivo: levar uma mensagem de esperança através […]

Por Miguel Barbieri Jr.
“Bezerra de Menezes — O Diário de um Espírito” (2008) perdeu o posto de pior drama espírita nacional. Incomparável sob qualquer ponto de vista (técnico, emocional etc.), esta fita, patrocinada por uma fundação das Casas André Luiz, tem defeitos primários e jamais atinge o objetivo: levar uma mensagem de esperança através da doutrina espírita. Pobre de “O Livro dos Espíritos”, escrito por Allan Kardec em 1857, no qual o filme se diz inspirado. Há apenas raras citações do texto original numa trama repetitiva e extremamente baixo-astral. É inegável que, para falar do tema, a morte precisa estar presente. O roteiro, porém, exagera na dose. Com montagem medonha, direção tosca e cenários horrendos, narra-se a trajetória de Bruno (Reinaldo Rodrigues). Esse professor de psiquiatria perdeu a mulher e, dois anos depois, continua abalado. Para piorar, virou alcoólatra e foi demitido do emprego. À beira do suicídio, recebe de um gari o tal livro de Kardec. Ao procurar por seu antigo mestre (papel de Nelson Xavier), médico de doentes mentais que tem os dias contados, toma contato, um pouquinho mais profundo, com o espiritismo. Exceto de Xavier e de atores tarimbados como Ana Rosa e Etty Fraser, as atuações deixam a desejar. Nada se compara, contudo, à risível participação da apresentadora Luciana Gimenez, metida numa patética maquiagem de envelhecimento.
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Avaliação: péssimo