“Luz nas Trevas — A Volta do Bandido da Luz Vermelha”
Por Miguel Barbieri Jr. O cineasta Rogério Sganzerla morreu em 2004, aos 57 anos, e deixou uma filmografia cujo expoente é “O Bandido da Luz Vermelha” (1968). Cult do cinema udigrudi (apelido nacional para underground, dado por Glauber Rocha), a fita ganhou uma espécie de continuação com roteiro legado por seu realizador. Helena Ignez, viúva […]
Por Miguel Barbieri Jr.
O cineasta Rogério Sganzerla morreu em 2004, aos 57 anos, e deixou uma filmografia cujo expoente é “O Bandido da Luz Vermelha” (1968). Cult do cinema udigrudi (apelido nacional para underground, dado por Glauber Rocha), a fita ganhou uma espécie de continuação com roteiro legado por seu realizador. Helena Ignez, viúva de Sganzerla, dirige “Luz nas Trevas — A Volta do Bandido da Luz Vermelha”, auxiliada por Ícaro Martins (de “O Olho Mágico do Amor”). A brincadeira tem a alma irônica de seu criador e, para entrar no espírito da coisa, precisa ser encarada como um policial malicioso e kitsch. Embora simples, a trama possui diálogos empolados e pouco naturais, em mais uma referência aos filmes brasileiros antigos. Nesta sequência pop retrô, com imagens e sons recuperados do original, o cantor Ney Matogrosso interpreta Luz Vermelha. Preso há mais de trinta anos, o criminoso reencontra o filho que teve com uma amante (Sandra Corveloni). Jorge (André Guerreiro Lopes) descobre o passado do pai e também vira ladrão para torrar a grana em farras — mesmo objetivo do bandido da década de 60. Além da bela fotografia em tons de verde e vermelho de José Roberto Eliezer (“O Cheiro do Ralo”) e das pinçadas locações paulistanas, a produção escalou, para rápidas participações, uma eclética seleção de personalidades-símbolo da cidade: Arrigo Barnabé, Bruna Lombardi, Mário Bortolotto, Sérgio Mamberti, José Mojica Marins, Thunderbird e Phedra D. Córdoba, entre outros.
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