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“Invasão” americana começa na Europa e deve chegar ao Rio

Depois de influenciarem, nos últimos anos, cervejeiros de outros países a criarem receitas lupuladas, os produtores de fermentadas norte-americanos começam a fincar bandeiras fora de seu território – e os planos incluem até mesmo o Rio de Janeiro. Nesta semana, a cervejaria californiana Stone, criada por Greg Koch, informou que vai abrir, até o início […]

Por VEJA SP
Atualizado em 27 fev 2017, 00h59 - Publicado em 23 jul 2014, 12h05
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calagione

Sam Calagione, dono da Dogfish Head, que tem planos para o Rio de Janeiro (crédito: blog da cervejaria Dogfish Head/Reprodução)

Depois de influenciarem, nos últimos anos, cervejeiros de outros países a criarem receitas lupuladas, os produtores de fermentadas norte-americanos começam a fincar bandeiras fora de seu território – e os planos incluem até mesmo o Rio de Janeiro. Nesta semana, a cervejaria californiana Stone, criada por Greg Koch, informou que vai abrir, até o início de 2016, uma fábrica em Berlim, na Alemanha. Conterrânea da Stone, a Green Flash tem planos menos ousados, mas que também incluem o território europeu: vão produzir a West Coast IPA, um de seus rótulos mais conhecidos, na fábrica da St. Feuillien, na Bélgica. E, ao comentar o projeto da Stone, Sam Calagione, proprietário da Dogfish Head, localizada em Delaware, disse ter planos de abrir, em conjunto com as italianas Baladin e Birra del Borgo, uma produção cervejeira no Rio de Janeiro.

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A declaração de Calagione, sem mais detalhes, foi dada ao jornal norte-americano USA Today. Dogfish Head, Baladin e Birra del Borgo são parceiros do projeto Birreria, um bar/restaurante com cervejas artesanais e algumas receitas criadas no local, anexo ao Eataly, em Nova York. A primeira unidade do Eataly na América Latina, como já foi noticiado, ficará em São Paulo e deve abrir este ano, também com espaço dedicado às cervejas. Segundo o dono da Dogfish Head, além do Rio de Janeiro, há planos de instalar mais produções em outros pontos dos EUA e da Itália. Atualmente, as cervejas da Baladin são importadas para o Brasil; as da Dogfish Head vieram, em lote único, no final do ano passado, para um evento no Rio.

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Imóvel que vai abrigar a fábrica da cervejaria Stone em Berlim (crédito: site da cervejaria Stone/Reprodução)

O projeto da Stone prevê instalar a cervejaria em um prédio de 1901 perto de Mariendorf, ao sul de Berlim. Além da fábrica, deve ser construído um restaurante de produtos locais e um espaço de eventos. A cervejaria lançou um projeto de crowdfunding para arrecadar um milhão de dólares até meados de agosto – o valor não é o total que será dispendido na obra. Em troca, oferecerá aos contribuintes cervejas exclusivas, feitas em parceria com a escocesa Brewdog, a Baladin e a própria Dogfish. Koch afirma que a ideia de se instalar na Europa surgiu há muitos anos, e está ligada à demanda pelas cervejas da marca por lá.

No caso da Green Flash, os primeiros 24 mil litros da West Coast IPA já foram produzidos na belga St. Feuillien e também serão distribuídos para o Reino Unidos e mais nove países na Europa. O fator decisivo para a produção fora dos EUA, segundo a cervejaria, foi a impossibilidade de exportar a cerveja em condições ideais de frescor e a um preço que não fosse proibitivo. Ainda assim, a versão belga da West Coast IPA será refermentada na garrafa, de acordo com a Green Flash, para aumentar a durabilidade da cerveja em locais onde ela não for mantida em refrigeração. As duas cervejarias já haviam produzido em conjunto antes outras receitas, como a Friendship Brew, Saison escura que leva condimentos.

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