Sampaio Moreira, primeiro arranha-céu de São Paulo, completa 100 anos
O edifício, com projeto de restauro assinado pela Kruchin Arquitetura, abriga atualmente a Secretaria Municipal da Cultura
Com 54 metros de altura e 13 andares, o Edifício Sampaio Moreira, projetado em 1924 pelos arquitetos Christiano Stockler e Samuel das Neves, foi o primeiro arranha-céu da cidade de São Paulo, mantendo o título de mais alto até a construção do Edifício Martinelli em 1929. Durante o período de 2010 e 2012, o prédio passou por um processo de restauração assinado pelo escritório Kruchin Arquitetura, abrigando, atualmente, a Secretaria Municipal da Cultura.
As obras de restauro reestruturam a lógica interna da edificação com a criação de novos eixos de circulação através de um volume de passarelas metálicas inseridas no vazio entre blocos e também da liberação de amplos espaços de trabalho sem modificar o desenho original dos ambientes. Os antigos elevadores foram atualizados e uma nova praça-auditório foi criada para interligar os ambientes. As placas metálicas compondo o forro das novas infraestruturas são destaques dentro do conjunto.
A nova praça possui uma área total de 400 m² e conta com uma área coberta destinada para uso cultural, como pocket shows, seminários e lançamentos de livros. O acesso para os visitantes será pelo prédio vizinho, que foi desapropriado e teve sua fachada restaurada para servir de entrada para a nova praça. No térreo, ainda funciona a Casa Godinho, mercearia e patrimônio imaterial da cidade que é mais antiga do que a própria construção.