Na Avenida Paulista, apê reúne design biofílico e elementos neoclássicos
Em oposição ao visual monocromático da cidade, o projeto assinado pelo arquiteto e morador Ricardo Abreu é preenchido por mais de 50 espécies de plantas
Morar na Avenida Paulista significa – em todos os sentidos – morar no ponto alto de uma das cidades mais importantes da América Latina. Assim, este projeto concebido pelo arquiteto – e morador – Ricardo Abreu explora as características modernistas do Edifício Paulicéia, localizado na região.
Em oposição ao visual denso e monocromático da cidade, o apartamento surpreende o olhar ao ter a vista da Avenida Paulista emoldurada pela grande variedade de vegetação que compõe o conceito do projeto.
O destaque está na inserção das mais de 50 plantas de diversas origens, com espécies variadas de samambaias, filodendros, ficus e suculentas. A cor verde predominante recobre também as paredes, os tecidos, as persianas e o mobiliário.
À medida que se percorre os 165 m², uma mistura de estilos e linguagens compõe o projeto. Os elementos neoclássicos, as pinturas geométricas nas paredes, e as obras de arte contemporâneas combinam diferentes camadas da história, como uma analogia à história da cidade.
Boiseries e sancas rebaixadas se confundem às linhas das tubulações galvanizadas aparentes que percorrem tetos e paredes. Além de residência, o apartamento foi também pensado para acomodar o ambiente de trabalho do arquiteto.
Os demais cômodos são marcados por pinturas geométricas em cores fortes que dão destaque para as obras de arte.
A seleção de mobiliários assinados vai desde as icônicas cadeiras Girafa da arquiteta Lina Bo Bardi, às cadeiras em tela e alumínio fundido Charles Eames, passando por outras peças contemporâneas como as cadeiras Sentah do Felipe Protti, o sofá Aga II do Brunno Meireles e a Pantosh do Leonardo Lattavo e Pedro Moog.
Entre as obras de arte que recebem destaque estão a escultura Pranto, do artista Ricardo Teixeira, a gravura Espaço 4a Dimensão do artista japonês Yutaka Toyota, fotografias de Marcelo Magnani, e óleos sobre tela do artista Antônio Brasileiro, e Fantasia Sertaneja do arquiteto e artista plástico Juracy Dórea.