Coworking, coliving: a habitação compartilhada veio para ficar?
Segundo a neuroarquitetura, as cores atuam no cérebro despertando criatividade, concentração e outros sentimentos ideias para cada tipo de home office
Você já deve ter escutado falar deles por aí: o coworking e o coliving estão em alta desde que o ano pandêmico nos colocou à buscar por alternativas para morar e trabalhar mais condizentes ao momento atual. Esses espaços de convivência e de trabalho conjunto têm se popularizado entre empresas e edifícios que atendem públicos mais jovens, mas seus benefícios se estendem a todas as idades.
Isso porquê a tal ‘co-vida’, como vem sendo chamada, oferece soluções práticas para problemas muito reais do mundo contemporâneo, como o valor exorbitante dos aluguéis e até mesmo a solidão. Por isso, há quem diga que a tendência não vai embora tão cedo.
Afinal, o que é co-working e co-living?
O coworking é um tipo de espaço de trabalho compartilhado que oferece infraestrutura completa aos funcionários com custos reduzidos. Esses escritórios flexíveis surgem como um complemento ao home office, já que atendem a todas as necessidades dos funcionários em um ambiente profissional devidamente equipado, com salas de reunião, salas privadas, entre outros, em uma única área dividida entre mais de um setor do escritório.
Já o coliving é uma forma de habitação que combina espaços privados a cômodos compartilhados. Em resposta à falta de espaços físicos nas grandes, o coliving surge como uma tendência que pretende derrubar, além de paredes, os ideais de individualização e desperdício.
Diferente das moradias estudantis, os colivings têm o objetivo de promover contatos sociais e construir comunidades. Apesar de bastante comum na Europa e América, os colivings desembarcaram no Brasil há menos de cinco anos e só contabilizaram uma aceleração neste tipo de empreendimento durante a pandemia.
Por que a habitação compartilhada está em alta?
A resposta é muito simples: com a pandemia, muitas pessoas foram obrigadas a ficar em casa e trabalhar remotamente, resultando em uma maior demanda por união física. À medida que as definições de ‘casa’ e ‘local de trabalho’ se tornaram uma só, a demanda por espaços onde as pessoas possam se reunir para compartilhar experiências aumentou.
A troca de experiências, inclusive, já vinha somando adeptos ao coworking no Brasil mesmo antes da pandemia. Após a onda de trabalho remoto, os ambientes compartilhados ganharam ainda mais seguidores justamente por oferecer um espaço corporativo completo sem a preocupação de custos fixos em um cenário de tantas incertezas.
Quais os benefícios do co-living e do co-working?
O viver compartilhado não é necessariamente sinônimo de comprometer sua privacidade, conforto ou bens. Na verdade, o modelo habitacional coliving pode oferecer um leque maior de escolhas e flexibilidade na escolha de como e onde morar, já que você não assume compromisso com o imóvel, permitindo viver de forma mais eficiente, colaborativo, saudável e sustentável.
Neste cenário, os escritórios flexíveis também se beneficiam, principalmente em relação aos custos, uma vez que os valores referentes a manutenção da estrutura interna não são pagos pela empresa. Para o funcionário, o benefício maior é não ter que lidar com problemas comuns ao home office, como distração e mal funcionamento dos equipamentos, por ter a liberdade de alternar entre um ambiente profissional e o teletrabalho.
Esta é uma tendência que veio para ficar?
Apesar do seu ar de novidade, a ideia de formar um lar com estranhos não é nova – os primeiros cohousings surgiram nos anos 1960, na Dinamarca e se espalharam rapidamente pelo norte da Europa.
O momento atual nos fez voltar a esse tipo de habitação, já que o isolamento social nos tornou mais atentos às necessidades das nossas casas. Por isso, a tendência é que as casas assumam novas configurações neste período – e nelas se mantenham. Nunca antes se procurou tanto por áreas verdes, varandas e áreas de convivência, que não só dizem muito sobre as novas prioridades, mas também revelam um desejo recém-encontrado de contato com o imaterial.
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