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Cultura & Lazer

CASACOR SP 2022: Sertão Portinari traduz a simbologia sertaneja em décor

Nildo José assina o espaço inspirado na obra Cangaceiro, de Candido Portinari, em parceria com a marca de revestimentos que leva o nome do artista

Por Redação/CASACOR
Atualizado em 24 jul 2022, 06h09 - Publicado em 14 jul 2022, 13h00

Sala com brises de cerâmica; sofá curvo; pintura — – (CASACOR/Denilson Machado/Reprodução)

A obra icônica “Cangaceiro”, de Candido Portinari, e toda a simbologia do sertão nordestino foram as inspirações para o ambiente de Nildo José para a CASACOR São Paulo 2022. Na edição de 35 anos da mostra, o arquiteto criou o Sertão Portinari, em parceria com a marca de porcelanatos e revestimentos, Portinari, que leva o sobrenome do artista.

Sala de estar integrada com cozinha e jantar — – (CASACOR/Denilson Machado/Reprodução)

Repleto de histórias e sensibilidade, o projeto possui 250m² e é composto por living, lounge, cozinha, sala de jantar e suíte máster com home office. A paleta de cores terrosas marcantes faz alusão aos elementos da natureza e às pinturas de Portinari.

Parede com brises de cerâmica; nicho com peças de arte em madeira; mesa de jantar; cadeira — – (CASACOR/Denilson Machado/Reprodução)

“Sempre achamos que o sertão é sobre a terra, sobre a seca. Quando na verdade, é sobre o CÉU, sobre a CHUVA que está por vir e sobre a FÉ. É para o céu que olhamos quando acordamos ali”, completa o profissional que traz uma visão otimista para o sertão.

O espaço traz ambientes integrados e fluidos, tendo como conceito principal a brasilidade. Com um olhar para interiores acolhedores, com menos itens e uma estética suave e fluída.

Parede coberta com brises de cerâmica — – (CASACOR/Denilson Machado/Reprodução)

Um brise contorna toda a área, e faz referência ao sistema construtivo da taipa: o uso do barro e da madeira criando paredes. Essa relação cria um efeito inusitado entre a rusticidade do Sertão e a elegância da proposta inovadora na disposição do porcelanato.

Sofá curvo; poltrona; luminária de piso — – (CASACOR/Denilson Machado/Reprodução)

O mobiliário dispõe de peças assinadas por nomes consagrados, como as Poltronas Paraty, assinada por Sério Rodrigues; Poltrona Kanga, de Ricardo Van Steen; poltronas Ondine, por Jorge Zalszupin; Poltrona Cordial, por Victor Vasconcelos; Poltronas MP97, por Percival Lafer; entre muitos.

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A tecnologia se faz presente na instalação. Durante toda a mostra, projetores trazem imagens reais de terra rachada, e sons da água da chuva corrente e crianças correndo pelas poças, vivendo essa atmosfera de pureza e alegria.

Para finalizar, a obra de arte central do espaço é denominada de “Os Brasileiros’’, do artista Juraci Dórea. Escultor, pintor, desenhista, fotógrafo, programador visual, ele trabalhou em Feira de Santana e fez com que, gradualmente, sua obra convergisse linguagens visuais contemporâneas com raízes e tradições sertanejas.