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Rosas, Dragões e Águia se destacam na primeira noite de desfiles

Há uma máxima que diz que ganha o Carnaval a escola que errar menos.  A julgar pela primeira noite de desfiles em São Paulo é a mais pura verdade. Sem imprevistos e grandes falhas, as setes escolas que passaram pelo Sambódromo podem se considerar no páreo pelo título. Fizeram desfiles corretos que mostram a evolução […]

Por VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 26 fev 2017, 18h37 - Publicado em 14 fev 2015, 14h23
SÃO PAULO,SP,14.02.2015:CARNAVAL-DRAGÕES-REAL - Carnaval 2015. Grupo Especial. A rainha da bateria Simone Sampaio durante desfile da escola de samba Dragões da Real, no sambódromo do Anhembi, em São Paulo (SP), neste sábado (14). (Foto: Alice Vergueiro/Futura Press/Folhapress) (/)
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Destaques da Dragões da Real – Crédito: Leonardo Benassatto/Futura Press/Folhapress

Há uma máxima que diz que ganha o Carnaval a escola que errar menos.  A julgar pela primeira noite de desfiles em São Paulo é a mais pura verdade. Sem imprevistos e grandes falhas, as setes escolas que passaram pelo Sambódromo podem se considerar no páreo pelo título. Fizeram desfiles corretos que mostram a evolução ano a ano – dos acabamentos das fantasias às alegorias. Um bom desfile, no entanto, é mais do que cruzar a avenida sem deslizes. É preciso dar espetáculo para arquibancada. Fazer valer o ingresso.

Neste ponto, Rosas de Ouro, Dragões da Real e Águia de Ouro se sobressaíram e tiveram ligeira vantagem sobre as demais. Com o enredo “Depois da Tempestade, o Encanto”, a Rosas tenta se livrar da sina de vice-campeã (foram três segundo lugares consecutivos: 2012, 2013 e 2014).  Os seus trunfos foram o luxo das alegorias, a riqueza de detalhes das fantasias e as alas extremamente coreografadas, marcas do carnavalesco Jorge Freitas. O tema lúdico, que fez um passeio por vários contos de fadas, foi de fácil leitura e divertido de assistir.

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Simone Sampaio, da Dragões da Real – Crédito: Alice Vergueiro/Futura Press/Folhapress

A Dragões da Real é uma grata surpresa. Chegou ao Grupo Especial em 2012 e, nos dois últimos anos, esteve nos desfiles das campeãs. Ao apostar em enredos abstratos e com várias referências pop, a agremiação se distancia do estigma de “escola de torcida de futebol”. Neste ano, com o tema “Acredite Se Puder”, abriu seu desfile com Willy Wonka, da “Fantástica Fábrica de Chocolate”, na comissão de frente, colocou os Jetsons em um carro alegórico e fez  “extraterrestres” sambarem.

Já a Águia de Ouro, ao tratar dos 120 anos da imigração japonesa, correu o risco de ser repetitiva. Afinal, o país oriental já foi tema de diversas escolas. Mas o trabalho dos carnavalescos Cláudio Cavalcante (Cebola) e Amarildo Mello conseguiu fugir do óbvio. Uma réplica do trem-bala, diversos mangás e esculturas gigantes de robôs de seriados como Jaspion fizeram companhia a símbolos tradicionais, como o gatinho da sorte, os leques e as flores de cerejeiras.

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Águia de Ouro falou sobre os 120 da imigração japonesa – Crédito: Leonardo Benassatto/Futura Press/Folhapress

A Tom Maior, com o carnavalesco Mário Quintaes, surpreendeu. A escola, que há anos vinha deixando a desejar em suas apresentações, mostrou um desfile mais consistente com o enredo sobre “Adrenalina”. O destaque ficou para a bateria de Mestre Carlão que inovou com coreografia e animou o público.

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Já a Acadêmicos do Tucuruvi e a Nenê de Vila Matilde apresentaram os dois melhores samba-enredos da noite. A Tucuruvi se valeu de uma letra fácil, com várias citações de marchinhas famosas, para fazer o público cantar junto. Foi um desfile colorido e leve, que encantou pela proposta, mas a escola ainda pode ousar mais nas alegorias.

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Michele Alves, da Acadêmicos do Tucuruvi – Crédito: Leonardo Benassatto/Futura Press/Folhapress

Já a Nenê de Vila Matilde fez uma homenagem a Moçambique. Quem resistiu e ficou até o dia amanhecer pôde assistir um desfile conceitualmente bem amarrado. O carnavalesco Pedro Alexandre, o Magoo, usou a árvore baobá para contar a história do país. A comissão de frente, com coreografia que lembrava os ritos africanos, foi um frescor na noite em que quase todas as escola utilizaram elementos alegóricos neste setor da escola.

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A Mancha Verde, que abriu o Carnaval, pegou um Anhembi ainda vazio.  E não conseguiu empolgar além de sua própria torcida com o enredo sobre o centenário do Palmeiras. A escola se sai melhor quando escolhe outros temas. Hoje à noite, tem mais desfiles. E é briga boa à vista. Desfilam: a tricampeã Mocidade Alegre, Vai-Vai, Império de Casa Verde e Gaviões da Fiel, além de Unidos de Vila Maria, Acadêmicos do Tatuapé e X-9 Paulistana.

Destaques da Noite:

Foi Mal

A enorme quantidade de pessoas desfilando como apoio ao lado de Viviane Araújo. O público não conseguiu vê-la

Carnaval
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Viviane Araújo, rainha de bateria da Mancha – Crédito: Leonardo Benassatto/Futura Press/Folhapress

Pessoas pegando no pé da musa Ellen Roche dizendo que a atriz está acima do peso.

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A atriz Ellen Roche, rainha de bateria da Rosas de Ouro – Crédito: Alice Vergueiro/Futura Press/Folhapress

O uso de elementos alegóricos nas comissões de frentes. Ficou repetitivo.

Foi Bem

A rainha de copas da Rosas de Ouro.

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Rainha de Copas – Crédito: VEJASP

A presidente da Rosas de Ouro, Angelina Basílio, desfilando no último carro da escola como rainha.

A família Jetsons no desfile da Dragões da Real.

A simpatia do ex-jogador Zico, ídolo no Brasil e no Japão, no último carro da Águia de Ouro.

A alegria da Velha-Guarda Nenê de Vila Matilde até o dia amanhecer.

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Velha Guarda da Nenê – Crédito: VEJASP

Os sambas da Nenê de Vila Matilde e da Acadêmicos do Tucuruvi.

A estreia de Mestre Guma Sena à frente da bateria da Tucuruvi.

A perfomance de lutas e skatistas durante o desfile da Tom Maior.

O Willy Wonka da comissão de frente da Dragões da Real.

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Willy Wonka, da Dragões da Real – Crédito: VEJASP

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