Luisa Mell rebate acusação de racismo por post de cão em ritual religioso
A ativista foi duramente criticada por personalidades como Astrid Fontenelle; ela explicou a situação do pet que teve duas patas decepadas ao blog
Como acontece dia sim e outro também, a internet escolhe alguém para “cancelar”. Ou seja, se a atitude de uma pessoa causa controvérsia nas redes, isso basta para surgir uma chuva de comentários desproporcional e repleta de ódio e que, muitas vezes, gera pouca reflexão.
O “alvo” da vez é a ativista dos animais Luisa Mell. Ela publicou nesta quinta (24) um relato sobre uma cadela que teve parte das patas traseiras, das orelhas e do rabo decepada. A defensora dos bichos afirmou que o ato ocorreu “em nome de uma religião, uma crença, um ritual”. “Não entendo por que ele tem que pagar com seu corpo, com seu sofrimento, a crença alheia”, escreveu. Confira:
Parte do público viu no texto uma crítica a religiões de matriz africana (o que, vale dizer, não foi citado) e passou a chamá-la de racista e intolerante. Personalidades como a apresentadora Astrid Fontenelle e o autor Pedro Tourinho fizeram tuítes bastante duros a respeito do assunto. “Racista e desonesta”, escreveu Tourinho.
Reforça a polêmica um post que circula pela internet com o depoimento de uma veterinária que teria supostamente presenciado um atendimento do pet e chama Luisa de “sensacionalista”. Ela diz que o animal foi atropelado, teve trombose nas pernas e precisou sofrer a amputação – e não passou por um ritual religioso. Foi o que bastou para muita gente tomar o texto como incontestável. O blog tentou contato com ela, mas não obteve resposta até a publicação dessa matéria.
“Tenho todas as provas. Minha veterinária garante que não é atropelamento, que aquilo foi feito por alguém, com faca ou tesoura”, afirma a Luisa ao blog. “Pode ter sido só maldade, mas sacrifício é uma realidade. Continuo sendo contra qualquer religião que faça isso, inclusive a minha. Não penso que animal seja comida, vestuário, por que acharia aceitável ser machucado em um ritual?”
Luisa nos mandou o pedido de ajuda que recebeu por esse caso. “Retiramos essa pequena de 5 meses de uma pessoa que fazia maldades com ela. A usava para sacrifício. Ela está tomando medicamento injetável, estava muito mal. Eu mais uma vez não sei como agir, me ajudem”, diz o texto. O blog entrou em contato com a mulher que fez a denúncia e ela atesta que mesmo usando a palavra “sacrifício” não tem certeza do que ocorreu com a cadela.
https://twitter.com/dadapatruni/status/1187741463733555200/photo/1
O pet foi levado até o Instituto Luisa Mell nesta semana, onde está sendo tratado. Ganhou o nome de Damiana. “Existe uma campanha muito grande contra o meu trabalho, toda semana é a mesma história”, reclama Luisa.
Confira depoimento da veterinária que está cuidando da cadela: