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5 coisas que você talvez esteja fazendo errado ao dar bronca em seu cão

O zootecnista Alexandre Rossi dá dicas aos donos

Por Alexandre Rossi
Atualizado em 25 set 2018, 18h53 - Publicado em 25 set 2018, 18h51
 (Reprodução/Divulgação)
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Os cachorros são considerados membros da família pela maioria das pessoas, vivendo, assim, muito mais perto de nós do que antigamente.

Esse contato mais próximo nos permite curtir momentos deliciosos, mas também implica em conviver com comportamentos que não são muito bacanas, como destruir aquele chinelo preferido, fazer as necessidades no tapete da sala, entre outros.

Vale mencionar que ensinar e reforçar bons comportamentos através de recompensas é uma ótima maneira de evitar atitudes indesejáveis. Também é importante adaptar ou preparar a casa para que ele se sinta bem, que tenha atividades e que não seja tudo proibido.

Depender só de broncas para mudar comportamentos não é a maneira mais eficiente nem a mais legal para o animal aprender a conviver com a gente. Portanto, procure basear sua educação em recompensas e elogios. Quando for mostrar que algum comportamento é proibido, cuidado para não cometer os seguintes erros:

1. Dar bronca muito depois do comportamento ter acontecido

Não adianta nada gritar com o seu cachorro ao encontrar um item destruído quando chega em casa. Ele não saberá o motivo de sua mudança de comportamento perante ele e poderá ficar ansioso quando estiver sozinho, já que não sabe qual será a sua reação na hora da chegada.

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Nesses casos, a melhor alternativa é ignorar a destruição e proporcionar mais atividades direcionadas para ele na próxima vez que sair de casa.

2. Esfregar o focinho onde fez as necessidades

Quem nunca ouviu que para um cão aprender a fazer as necessidades em local adequado é preciso esfregar o focinho dele nos dejetos quando ele “erra”? Essa estratégia é muito ruim sob diversos aspectos.

O primeiro é que normalmente esse comportamento é corrigido quando o tutor percebe o xixi ou o cocô fora de lugar, e não quando o cão vai começar a se aliviar. Portanto, trata-se de uma correção tardia e, só por isso, já não costuma funcionar.

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O segundo é esfregar o focinho do cachorro perto das necessidades dele e logo depois mostrar onde ele teria que fazer. Essa atitude não faz com que ele entenda o que você deseja dele.

Para ensinar um cão a fazer as necessidades em lugar determinado, devemos escolher um ambiente adequado e levá-lo para lá sempre que acharmos que ele pode querer se aliviar. Se ele acertar, recompense-o, pois esse é o primeiro e mais importante passo desse treinamento.

3. Explicar os erros

Tentar explicar para o seu pet com longas conversas o que ele fez de errado pode, inclusive, significar para ele uma eficiente forma de atenção! Ou seja, ele pode começar a agir mais daquela maneira, pois percebe o quanto ela o recompensa. Portanto, “discutir a relação” ou explicar para o animal em palavras que não é legal se comportar deste ou daquele jeito não é eficaz.

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4. Machucar ou traumatizar o cachorro

Nenhum tipo de correção deve machucar ou deixar o cachorro traumatizado ou servir para o tutor se vingar ou descarregar sua raiva. Alguns cachorros são bastante sensíveis ou medrosos e, para esses, só o “falar alto” pode ser assustador demais.

5. “Ficar de mal” por um tempo

Algumas pessoas ficam chateadas com o seu pet e decidem ignorá-los por um tempo, depois de eles terem feito algo que consideram errado. Esse comportamento pode trazer um mal-estar desnecessário para a relação. É melhor mostrar que o seu amor é incondicional, ou seja, que não importa o que ele fizer, você sempre o amará.

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O que você deve demonstrar é que alguns comportamentos podem gerar consequências desagradáveis, mas assim que eles se encerram, a vida volta ao normal com direito a todos os carinhos de sempre!

Por Alexandre Rossi, zootecnista, especialista em comportamento animal, sócio-fundador da Cão Cidadão e colunista do blog Bichos.

Alexandre Rossi
Alexandre Rossi, zootecnista (Divulgação/Divulgação)
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