Maquiadora relata episódio de discriminação em clínica de depilação
Jake Falchi, maquiadora da M.A.C no Brasil, passou por um momento delicado na noite de quinta (29) e escolheu desabafar em seu Facebook sobre o episódio de preconceito sofrido na clínica de depilação Millanea, no bairro da Santa Cecília, região central de São Paulo. Com um horário agendado no local, Jake relata que não foi atendida porque […]
Jake Falchi, maquiadora da M.A.C no Brasil, passou por um momento delicado na noite de quinta (29) e escolheu desabafar em seu Facebook sobre o episódio de preconceito sofrido na clínica de depilação Millanea, no bairro da Santa Cecília, região central de São Paulo. Com um horário agendado no local, Jake relata que não foi atendida porque foi confundida com um homem. O desabafo gerou grande repercussão.
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A segunda mais importante maquiadora da canadense M.A.C aqui no Brasil contou que, ao chegar na clínica – local este que já havia visitado por mais de 10 outras vezes – foi convidada a se retirar do local pela recepcionista por achar que ela seria do sexo masculino. Jake relata que não é novidade ela ser confundida com um homem e que seu estilo gender neutral (que é caracterizado pela neutralidade de gênero na hora de se vestir, descaracterizando assim a distinção social de homens e mulheres) já foi alvo de preconceitos anteriores.
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A maquiadora conta que tentou levar o episódio ‘na esportiva’ e afirmou ser, de fato, uma mulher e que já tinha utilizado o serviço do local anteriormente. Para piorar a situação, a atendente do local justificou a recusa ao dizer que também não atendiam homossexuais.
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Procurada, a clínica Millanea disse que Jake esteve no local mas que não havia marcado horário e que seria impossível atendê-la na quinta. “Em nenhum momento ela foi destratada. Ela não tem testemunhas de que isso aconteceu. Nós vamos fazer um boletim de ocorrência e ela terá de provar que isso aconteceu de fato. Estamos sendo acusados de homofobia e isso é mentira. Nosso Facebook está uma bagunça, pessoas ligando aqui. Não vamos falar por enquanto”, disse por telefone a funcionária Izabel, que declarou ser gerente do estabelecimento. Na página do estabelecimento, as acusações de preconceito, homofobia e transfobia se multiplicaram desde o depoimento de Jake.
Vale lembrar que homofobia e transfobia (que é o preconceito e aversão às mais diversas minorias sexuais) são crimes previstos por lei e garantidos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e pela Constituição Federal. São Paulo possui uma lei estadual (nº 10.948/2001) que penaliza a prática de discriminação ou recusa de atendimento por orientação sexual nos estabelecimentos. Há uma delegacia especializada em delitos de intolerância na capital. (Rua Brigadeiro Tobias, 527, 3º andar, Luz/ (11) 3311-3556/3315-0151 – Ramal 248).
Quem passar por uma situação de preconceito e quiser denunciar deve registrar um boletim de ocorrência. Atualmente, o Disque 100 funciona para o recebimento de denúncias sobre pedofilia, abuso de crianças, trabalho infantil e também homofobia.