Documentário sobre o universo de jovens gays repercute nas redes sociais
Desde que foi lançado, no sábado (20), o documentário Bichas, do diretor pernambucano Marlon Parente, de 23 anos, vem causando burburinho nas redes sociais. Com mais de 246 000 visualizações no YouTube em uma semana, o filme mostra seis jovens contando suas histórias de preconceito e de como ‘saíram do armário’. A ideia do filme nasceu depois que um […]
Desde que foi lançado, no sábado (20), o documentário Bichas, do diretor pernambucano Marlon Parente, de 23 anos, vem causando burburinho nas redes sociais. Com mais de 246 000 visualizações no YouTube em uma semana, o filme mostra seis jovens contando suas histórias de preconceito e de como ‘saíram do armário’.
A ideia do filme nasceu depois que um grupo de amigos andava de mãos dadas no Recife e foi ameaçado por um desconhecido. ‘Suas bichas, vou atirar em vocês’, gritou o homem, apontando uma arma para os rapazes, todos gays. Ali, perante a sensação de impotência, Marlon decidiu que queria falar sobre a realidade de jovens homossexuais.
Nos 40 minutos de exibição, o documentário apresenta as histórias de seis recifenses – Bruno Delgado, Igor Ferreira, Italo Amorim, João Pedro Simões, Orlando Dantas e Peu Carneiro – e aborda questões sobre a dificuldade em assumir uma sexualidade desviante da normativa. Sugere ainda que o uso da palavra ‘bicha’ não deva ser associado a algo negativo, e sim se tornar uma forma de empoderamento da comunidade homossexual.
Todos os personagens estão na casa dos 20 anos e, em comum, eles se declaram ‘bichas’. Contam fatos do dia a dia, falam sobre como se assumiram gays, as reações das pessoas e também como lidaram com a homofobia em locais públicos. “Esse filme fala, antes de tudo, de amor. Para ser mais exato: de amor próprio. A palavra BICHA vem sendo usado de forma errada, como xingamento. Quando na verdade, deveríamos tomar como elogio”, diz a resenha do vídeo no YouTube. Marlon calcula que gastou 10 reais para gravar tudo.
O deputado federal Jean Wyllys (PSOL) compartilhou o documentário em sua página do Facebook, com mais de 900 000 seguidores. “Nós, que integramos a comunidade LGBT, somos diferentes uns dos outros, mas partilhamos experiências comuns que têm a ver com o fato de atravessarmos, cada um a seu modo (seja pela orientação sexual, seja pela identidade de gênero) as fronteiras de gênero estabelecidas pela sociedade da dominação masculina. Por isso, somos um coletivo, um grupo difamado. Eu sou Jean Wyllys, tenho 41 anos e também sou bicha!”, escreveu na postagem.
Confira na íntegra Bichas
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=0cik7j-0cVU?feature=oembed&w=500&h=281%5D