Roupa de casamento de Tarsila do Amaral é exibida em exposição online
A mostra A Arte Da Moda- Histórias Criativas é parte da programação digital do centro cultural Farol Santander
Além de pintora bem sucedida, Tarsila do Amaral (1886-1973) era também referência pelas roupas que vestia. Dentre os estilistas preferidos da artista, estava o francês Paul Poiret (1879-1944), que desenhou o traje que Tarsila usou em seu casamento com o escritor Oswald de Andrade (1890-1954), em 1926. Partes dessa peça, como o corpete e uma capa longa, podem ser vistas na versão online da exposição A Arte da Moda– Histórias Criativas, promovida pelo Farol Santander.
Detalhe, o “combinado” ilustre usado por Tarsila está sob a guarda da Pinacoteca de São Paulo. E mais, é uma releitura, de Poiret, do traje vestido pela sogra de Tarsila, quando do casamento com o pai de Oswald.
Voltando à mostra A Arte aa Moda, ela foi pensada originalmente para o espaço físico do Farol, ocupava dois andares do prédio localizado na Rua João Brícola, na região central. Com as restrições de visitação impostas pela pandemia de Covid-19, a exposição foi forçada a migrar para o espaço digital. Na seleção feita pela curadora gaúcha Giselle Padoin, há 170 itens. São peças originais de vestuário, vídeos e fotografias.
Dentre os estilistas brasileiros contemplados pela mirada de Giselle, está Dener Pamplona (1937-1978), que assinou vestidos para coleção Rhodia, que leva o nome de uma indústria química francesa, que se instalou no Brasil no começo do século 20 e se tornou, mais tarde, produtora de fios sintéticos. Esses itens eram a base dos tecidos utilizados na confecção das roupas que fariam parte da coleção e seriam lançadas em desfiles pomposos.
Considerando agora nomes internacionais, vale destacar a exibição de bolsas originais criadas pela estilista francesa Coco Chanel (1883-1971). “Ela foi fundamental para modernizar a moda. Foi uma das primeiras a entender que no período pós-guerra a mulher estava assumindo um novo papel na sociedade. Ela não produzia roupas glamorosas, como o Poiret. Eram peças confortáveis, com linhas simples, que permitiam uma locomoção sem entraves”, explica Giselle.
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