Só salva a Rita Lee: faltou cuidado em homenagem à cantora no MIS
Conteúdo, como figurinos, música e cartas, vale a pena, mas há problemas, como manchas nas paredes, iluminação ruim e imagem pixelizada
Causa espanto a falta de cuidado em alguns núcleos de Samsung Rock Exhibitions | Rita Lee. Na seção em que se fala da relação da cantora com os animais, por exemplo, vemos a imagem pixelizada, de pouco mais de 1 metro, de uma ilustração presente no livro Minha Amiga Ursa, escrito pela roqueira. Há também manchas nas paredes. Teria a pintura sido feita às pressas? A iluminação não envolve o visitante, diferentemente do que acontece com as músicas de Rita, que vão rolando e te pegam junto com figurinos usados por ela ao longo da carreira. O vestido de noiva da capa do disco Mutantes (1969) está lá. Rita pegou emprestada a peça que a atriz Leila Diniz (1945-1972) usou na novela O Sheik de Agadir e nunca mais devolveu. Vale conferir ainda a música para o marido, o músico Roberto de Carvalho, vetada pela ditadura, e cartas do período. Em suma, conteúdos interessantes, que mereciam melhor apresentação.
> MIS. Avenida Europa, 158, Jardim Europa, ☎ 2117- 4777. Terça a sábado, 11h às 18h30; domingo e feriado, 12h às 17h30. R$ 50,00. Gratuito todos os dias, pelas manhãs, das 10h30 às 11h30. Até 28 de novembro.
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Publicado em VEJA São Paulo de 13 de outubro de 2021, edição nº 2759