Por Dentro da Obra > Arhats: The Four Heavenly King (2016), de Murakami

DO SÂNSCRITO > A pintura feita com tinta acrílica em uma placa de alumínio é batizada com o termo arhat, que vem do sânscrito. “É como se fosse um buda, são seres iluminados que vão se transformar. Uma palavra similar e mais usada no Tibete, China e Índia é bodisatva”, explica o monge Maurício Hondaku.

TEOR BUDISTA > Passando para a outra parte do título, há a expressão “Quatro Reis Celestiais”, menção a figuras do budismo que atuam como protetores. Murakami dá então sua versão para eles,que aparecem com os rostos cheios de linhas de expressão, como se padecessem de preocupações.

MUITOS DETALHES > Mesmo sendo muito maiores, os quatro reis no topo logo perdem espaço para uma multidão de figuras em miniatura. Alguns dos personagens têm certa similaridade com eles, o que nos faz questionar a sacralidade dos protagonistas ou até vê-los também em outros homens comuns.

TEXTURA DO RISO > A convivência entre texturas também não pode passar batido na observação. É ela que transforma a contemplação do trabalho de Murakami em uma descoberta constante. será que os dentes do quarto rei, por exemplo, pegaram emprestado a aparência das nuvens do céu?

ONDE CONFERIR > o artista japonês Takashi Murakami, conhecido por parcerias com o rapper Kanye West e a grife francesa Louis Vuitton, exibe 35 obras no Instituto Tomie Ohtake.

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