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Cultura & Lazer

Mostras na capital homenageiam Dias Gomes e Vinicius de Moraes

'Ocupação Dias Gomes' e 'Vinicius de Moraes — Por Toda a Minha Vida' estão em cartaz no Itaú Cultural e no Farol Santander, respectivamente

Por Júlia Rodrigues
28 out 2022, 06h00

Dias Gomes em foto antiga, em preto e branco — O dramaturgo Dias Gomes: centenário (Acervo Dias Gomes/Divulgação)

> Ocupação Dias Gomes, no Itaú Cultural, vem em momento oportuno, uma vez que este mês marca o centenário do autor. Presta homenagem à vida e à obra do dramaturgo Alfredo de Freitas Dias Gomes (1922-1999), desde sua estreia no teatro, aos 15 anos, com A Comédia dos Moralistas (1939), até suas histórias e seus personagens alcançarem o sucesso de público em telenovelas e no cinema. Mas o percurso expositivo não obedece à cronologia. Começa com O Pagador de Promessas, espetáculo escrito em 1959 e levado aos palcos um ano depois.

Vemos croquis de figurinos da peça, trechos do longa originado dela em 1962 — até hoje, o único filme brasileiro com uma palma de ouro —, anotações no roteiro da minissérie que foi ao ar em 1988, e por aí vai. Ainda nos 170 itens da exposição, estão fotos, vídeos e manuscritos, alguns originais, de outros célebres trabalhos, como O Bem-Amado, montagem que virou a primeira novela exibida em cores no Brasil, em 1973. No final da mostra, os visitantes podem, a partir de uma ilusão de óptica, “criar asas” como João Gibão, personagem de Saramandaia (1976).

Itaú Cultural. Avenida Paulista, 149, ☎ 2168-1777. ♿ Ter. a sáb., 11h/20h. Dom. e feriados, 11h/19h. Grátis. Até 15/1. itaucultural.org.br.

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> Vinicius de Moraes — Por Toda a Minha Vida ocupa os andares 19 e 20 do Farol Santander e retrata a trajetória do poeta, letrista, músico, jornalista e dramaturgo (1913- 1980) que edificou algumas das bases da música popular brasileira. São 200 itens, alguns deles nunca vistos pelo público. Dividida em três núcleos — Música, Poesia e Cidades —, a mostra tem manuscritos preliminares de canções como Garota de Ipanema (1963) e Chega de Saudade (1958), marco da bossa nova, elaboradas em parceria com Antonio Carlos Jobim, além de trabalhos feitos quando Vinicius ainda era criança.

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"Retrato de Vinicius" (1938), de Cândido Portinari: pintura do poeta — “Retrato de Vinicius” (1938), de Cândido Portinari: pintura do poeta (João Cândido Portinari/Divulgação)

Outro destaque é a pintura Retrato de Vinicius, produzida em 1938 por Cândido Portinari, grande amigo do chamado poetinha, exibida pela primeira vez em sua tela original.

Farol Santander. Rua João Brícola, 24, Centro, ☎ 3553-5627. ♿ Ter. a dom., 9h/20h. R$ 30,00. Até 26/2. farolsantander.com.br.

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