Obra A Lua (1928), de Tarsila Do Amaral, em detalhes
Informações sobre um dos quadros mais importantes da pintora paulista
Introspecção> Tarsila produziu A Lua quatro anos depois de Abaporu (1924). O gigante pintado em meio a uma paisagem solar com tons abertos de azul, amarelo e verde sai de cena e entra um “cacto-homem” introspectivo, em um cenário construído por azul e verde, agora mais escuros. A sintetização das figuras, contudo, permanece.
Quem é você? Por que usar a expressão “cacto- homem”? Tente descrever a cena acima. O protagonista é um cacto com braço, tronco e cabeça? Ou um homem estilizado? Será um mutante, que traz um nova forma de olhar para a natureza, com menos apego e mais liberdade? Em um flerte surrealista, Tarsila deixa a resposta aberta.
Onde estou? Já em 1928, o quadro foi exibido na galeria Percier, em Paris, França, na segunda exposição de Tarsila por lá. Em 1950, a pintora vendeu a tela para o casal Milton Guper e Fanny Feffer. A obra somente saiu dessa coleção em 2019, quando foi vendida por quase 80 milhões de reais para o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA).