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Kobra faz mural em homenagem a vítimas de Covid-19 em Pinheiros

Obra, que prega união entre diferentes religiões, tem 28 metros de largura e 7 de altura

Por Tatiane de Assis Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 12 Maio 2021, 13h04 - Publicado em 12 Maio 2021, 13h03
Artista Eduardo Kobra em frente ao mural em homenagem a vítimas de Covid-19, que mostram crianças com máscaras e símbolos de diferentes religiões: união à despeito de diferenças religiosas
Artista Eduardo Kobra em frente ao mural em homenagem a vítimas de Covid-19: união à despeito de diferenças religiosas (Felipe Del Valle/Divulgação)
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O artista Eduardo Kobra inaugurou um novo mural em São Paulo na última quinta (6), em homenagem as mais de 400 000 pessoas vítimas de Covid-19, chamado Memorial da Fé. Trata-se de um painel de 28 metros de largura e 7 de altura, produzido em um dos muros da Igreja do Calvário, que fica no cruzamento entre as ruas Henrique Schaumann e Cardeal Arcoverde, no bairro de Pinheiros.

Na obra, que remete à união necessária em tempos de pandemia, o grafiteiro traz retratos de cinco crianças usando máscaras, com as mãos em prece. Em cada um dos acessórios de proteção, há símbolos que remetem a cinco religiões: islamismo, budismo, cristianismo, judaísmo e hinduísmo. “No começo da pandemia, fiz essa arte em menor escala. Com o valor arrecadado com a venda desses trabalhos, ajudamos 20 000 pessoas em situação de rua”, explica Kobra.

Detalhe do mural
Detalhe do mural “Memorial da Fé”, de Eduardo Kobra, crianças com máscaras com símbolo do budismo e islamismo: união entre religiões (Bráulio Costa Couto/Divulgação)

Não é a primeira vez que o artista pinta um dos muros da Igreja do Calvário. Ele já ocupou esse espaço, segundo sua contabilidade, mais de cinco vezes. Dois dos trabalhos que fez por lá pertencem à série Muro das Memórias, que trazia cenas da história da cidade de São Paulo na primeira metade do século 20.

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“Tinha a opção de fazer esse mural em Nova York ou em São Paulo. Optei por aqui, porque havia no muro que trabalhei uma obra minha já bastante deteriorada e eu queria fazer uma renovação. Outra questão é que ali me sinto em casa, foi um dos primeiros lugares que pintei fora do bairro onde fui criado, o Campo Limpo”, detalha o artista, que segue em quarentena com a família em sua casa, na Zona Oeste.

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