Instituto Tomie Ohtake exibe obras da coleção do poeta Édouard Glissant
Mostra, que também conta com obras inéditas feitas especialmente para a ocasião, é um dos destaques da Temporada França-Brasil 2025
Está em cartaz no Instituto Tomie Ohtake A Terra, O Fogo, A Água e Os Ventos – Por um Museu da Errância com Édouard Glissant, um dos destaques da Temporada França-Brasil 2025. Com curadoria de Ana Roman e Paulo Miyada, a mostra apresenta pela primeira vez no Brasil parte da coleção pessoal do poeta, filósofo e ensaísta martinicano Édouard Glissant (1928–2011), atualmente preservada no Memorial ACTe, em Guadalupe.
O conjunto inclui pinturas, esculturas e gravuras de artistas com quem o pensador conviveu e sobre os quais escreveu, como Wifredo Lam, Roberto Matta e Agustín Cárdenas. São pessoas que viveram trajetórias de diáspora e migração e produziram em trânsito. Somam-se documentos, cadernos, vídeos e fragmentos de textos e entrevistas de Glissant, igualmente inéditos, bem como obras de mais de trinta artistas contemporâneos das Américas, Caribe, África, Europa e Ásia, que dialogam com a concepção de “Museu da Errância” – como um arquipélago sem genealogias rígidas, um espaço de rupturas, apagamentos e reinvenções.
Há ainda obras comissionadas, realizadas por Aislan Pankararu, Pedro França e Rayana Rayo, do Brasil, e outros seis artistas internacionais. Instituto Tomie Ohtake. Rua Coropé, 88, Pinheiros, ☎ 2245-1900. → Ter. a dom., 11h/19h (entrada até 18h). Grátis. Até 25/1.
O que é a Temporada França-Brasil 2025
Essa é a segunda vez que o intercâmbio entre os governos brasileiro e francês acontece. Em 2005, aconteceu o Ano da França no Brasil e, em 2009, o Ano do Brasil na França.
Os eventos são frutos de intercâmbios e cooperações entre festivais, museus, teatros, universidades, empresas, ONGs, artistas, pensadores, pesquisadores, jovens e sociedades civis dos dois países com foco em 3 temas prioritários: democracia e globalização, diversidade e diálogo com a África e clima e transição ecológica.
A Temporada está coordenada pelo Institut Français e o Instituto Guimarães Rosa em estreita colaboração com as Embaixadas da França no Brasil e do Brasil na França, sob a autoridade dos ministérios das Relações Exteriores e da Cultura de ambos os países. Os comissários são Anne Louyot (programação no Brasil) e Emilio Kalil (programação na França).
“Nossa expectativa é mobilizar o público assim como foi feito em 2009 e em 2005, com o Ano do Brasil na França. Mas também temos o objetivo de incentivar a conexão entre instituições da sociedade civil e acelerar a cooperação bilateral. O papel dos diplomatas culturais é esse”, disse Louyot em entrevista à Vejinha em julho.
Publicado em VEJA São Paulo de 26 de setembro de 2025, edição nº 2963.
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