Instituto Tomie Ohtake tem panorama de Mira Schendel
Duas de suas principais séries, 'Monotipias' e 'Objetos Gráficos', e a instalação 'Ondas Paradas de Probabilidade' entram em cartaz, além de seus cadernos
O Instituto Tomie Ohtake inaugura na sexta (25), Mira Schendel — Esperar que a Letra se Forme, com 250 obras que exploram a presença dos signos gráficos, da letra e da palavra na produção da artista suíça que se radicou no Brasil e viveu em São Paulo de 1953 até sua morte, em 1988. A curadoria é de Galciani Neves e Paulo Miyada, que encontraram a frase que dá nome à exposição em um dos manuscritos da artista.
Um dos sete núcleos da mostra é dedicado a duas de suas principais séries, Monotipias, com desenhos em papel de arroz, e Objetos Gráficos, quando começa a experimentar o acrílico. Outro destaque é a instalação Ondas Paradas de Probabilidade, sua obra de maior dimensão, montada pela primeira vez na 10ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1969, com linhas de nylon translúcidas pendentes do teto ao chão.
A exposição oferece uma cronologia da produção de Mira Schendel (1919-1988), incluindo desenhos feitos com nanquim e carvão, obras com palavras em diferentes idiomas, como italiano e alemão, que a artista herdou dos pais, trabalhos com decalques da marca Letraset e seus cadernos.
Instituto Tomie Ohtake. Rua Coropé, 88, Pinheiros. ☎ 2245-1900. Ter. a dom., 11h/19h. Grátis. Até 2/2/2025. institutotomieohtake.org.br.
Publicado em VEJA São Paulo de 18 de outubro de 2024, edição nº 2915.