Últimas fotos de Geraldo de Barros são exibidas pela primeira vez
"Tem essa poesia do fim, que não é fim, que continua e que na verdade fala muito aos jovens”, diz Fabiana de Barros, filha do artista
Jogo da Memória inaugura neste sábado (25) e apresenta pela primeira vez ao público o conjunto completo da última série fotográfica de Geraldo de Barros (1923- 1998), iniciada apenas dois anos antes de sua morte.
Foram 27 anos até que boa parte das 281 peças chegasse às paredes de uma sala expositiva. Em Sobras, o artista reuniu negativos de diferentes períodos de sua vida, criando um resultado mais experimental — e desafiador para ser revelado — até do que sua emblemática série Fotoformas (1948-1953), que aproximou a técnica da fotografia à linguagem artística.
“Ele recortou restos de negativo e colou em placas de vidro, transformando-as em um terceiro negativo”, explica sua filha, a também artista Fabiana de Barros. Ao lado do marido — o cineasta Michel Favre, ambos responsáveis pelo Arquivo Geraldo de Barros —, ela acompanhou o processo de recuperação e produção das impressões, feito por Sergio Burgi e Ailton Alexandre da Silva, do Instituto Moreira Salles, durante dez anos, entre 2014 e 2024.
“Apresentar isso é como uma missão cumprida. Quando ele morreu, caiu a ficha do nome “Sobras”. Era um trabalho quase para depois que ele morresse, sabe? O que sobrou. Tem essa poesia do fim, que não é fim, que continua e que na verdade fala muito aos jovens”, conclui Fabiana.
Luciana Brito Galeria. Avenida Nove de Julho, 5162, Jardim Europa, ☎ 3842-0634. Seg., 10h/18h. Ter. a sex., 10h/19h. Sáb., 11h/17h. Grátis. Até 20/12.
Publicado em VEJA São Paulo de 24 de outubro de 2025, edição nº 2967.
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