Diário de Viagem: Pantanal ganha brilho em relato de Luciano Candisani
Fotógrafo conheceu o bioma quando tinha 15 anos, junto com o pai
Aos 15 anos, o fotógrafo Luciano Candisani, de 49 anos, viajou pela primeira vez para o Pantanal com o pai. “Era o auge da caça aos jacarés. Para vê-los, tivemos de pegar um barco à noite. Com a luz dos faroletes, apareciam somente seus olhos brilhantes na escuridão”, relembra o paulistano. Essa imagem ressoaria anos mais tarde na escolha da fotografia documental. Em seu livro Pantanal na Linha-d’Água, publicado em 2012, o bicho aparece na capa, com a bocona cheia de dentes, submersa na água. Olhar além da vegetação desse bioma é outro ponto de interesse de Candisani, que vai além do registro direto de um cardume cintilante em Olho d’Água (acima; 2018).
“Quero pensar o Pantanal por meio de elementos da arte, como luz e composição, para assim trazer a realidade de uma forma mais forte”, detalha o fotógrafo, que também é o autor da foto Uma Nuvem de Tempestade sobre o Rio Touro Morto (à esq.; 2011). Ele prepara para agosto de 2020 um novo título, agora sobre o vai e vem das águas. Provisoriamente chamado de Pantanal: O Curso da Água, vai ter cerca de setenta fotografias.