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Cultura & Lazer

Instalação com cortinas colore Casa de Vidro de Lina Bo Bardi

Obra de Lúcia Koch instalada na construção no bairro do Morumbi tem tons em degradê

Por Tatiane de Assis SEGUIR SEGUINDO
14 jun 2019, 19h00

Imagem mostra casa com janelas de vidro em meio a matagal

Uma das construções mais icônicas da arquiteta Lina Bo Bardi (1914-1922) em São Paulo, a Casa de Vidro ganha outra cara com a inauguração da instalação Casa de Vento (2019), da gaúcha Lúcia Koch. A obra, que poderá ser vista pontualmente no sábado (15), ou depois no período entre 20 de junho a 31 de agosto, é composta por cortinas de poliéster, nas quais foram impressas composições com cores em degradê. Conforme se altera a iluminação natural e o vento ao longo do dia, o trabalho e a experiência dos visitantes mudam.

“As casas são tidas usualmente como algo relativamente estático, que vai sendo transformado lentamente pelo uso. Me interessam então elementos, como o ar e a luz, que evidenciam o quão vivo o espaço é”, afirma a artista que inaugurou em janeiro de 2019 uma instalação semelhante no Edifício Península, em Porto Alegre. Diferente da capital paulista, a obra, na capital gaúcha, é vertical e composta por diferentes patamares de cor.

Lucia Koch 3 — Vento (2019): instalação de Lúcia Koch em Porto Alegre (Divulgação/Divulgação)

Outro detalhe curioso do trabalho é o local em que estão as cortinas estão. Em vez de ficarem dentro da residência, na qual Lina morou com seu marido, o colecionador Pietro Maria Bardi (1900-1999), os tecidos, chamados de filtros por Lúcia, estão por fora janelas, como uma enorme “saia” colorida.

No sábado (15), a visitação da instalação ocorre das 12h às 17h, com entrada gratuita. A partir da próxima quinta (20) até 31 de agosto, o esquema muda. Os dias e horários para ir até lá são de quinta a sábado, às 10h, 11h30, 14h e 15h. Nessas faixas, serão formadas turmas de até 20 pessoas, que devem pagar R$ 30,00 pela entrada. Menores de 10 anos, estudantes da rede pública e professores da rede estadual, guias credenciados, membros do Conselho Internacional de Museus (ICOM) e Amigos da Sociedade de Amigos do Instituto Bardi têm entrada franca.